Central do Taubaté e da Seleção Brasileira pediu mais imposição da entidade na questão da pandemia de coronavírus
Guilherme Assumpção Publicado em 20/03/2020, às 15h24
A pandemia de coronavírus vem modificando diversos eventos esportivos nesta temporada. A propagação da doença fez com que a Superliga Feminina de Vôlei e a Superliga B (segunda divisão) decidissem que o torneio seria cancelado sem a declaração de nenhum campeão. A expectativa era que o mesmo acontecesse com a competição masculina, mas a decisão neste caso foi outra.
Após reunião entre os clubes e a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), ficou definido que a Superliga seguirá paralisada nos próximos 30 dias. Depois deste período, um novo encontro será realizado para tomar uma decisão final. A medida incomodou alguns jogadores, que se pronunciaram sobre o tema.
Lucão, central do Taubaté e um dos líderes da Seleção Brasileira, se posicionou contrário à medida tomada pela CBV e classificou a ação como uma “atitude extremamente egoísta”. De acordo com ele, esta decisão só está sendo adiada, já que o problema de saúde ainda deve perdurar por alguns meses.
“Eu acho que foi uma atitude extremamente egoísta dos dirigentes de não encerrar a Superliga masculina. Pelo que a gente está vendo no mundo inteiro, essa pandemia vai durar dois, três meses. Mesmo assim vai demorar para se resolver tudo. Tem a questão dos contratos (dos jogadores) também, que se encerram. Acho que eles só estão adiando o inevitável. Para a gente acaba não mudando nada, porque os clubes vão liberar os atletas para irem para suas casas. Dia 20 (de abril) vamos ver o que vai acontecer. Acho que os clubes da liga feminina foram muito mais coerentes. Os da Superliga B também”, opinou em contato com o site Globo Esporte.
O campeão olímpico em 2016 ainda reforçou a necessidade de uma imposição mais firme da CBV. Para ele, o órgão deveria tomar as decisões. O discurso acontece por conta da votação feita com os clubes, que optaram por prorrogar o período de paralisação.
“Às vezes acho que a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) tem de impor certas coisas. A CBV tem de se colocar mais forte, porque querendo ou não quem comanda o campeonato são eles. São o órgão maior ali dentro”, pediu.
Questionado sobre a forma que vem mantendo o ritmo dentro de casa, Lucão contou que tenta se exercitar, mas lembrou que a presença do filho Theo, de 4 anos, acaba tomando um pouco mais do tempo.
“Estou tentando manter a rotina em casa, fazendo o que dá para me movimentar. Tenho um filho pequeno de quatro anos, toma muito tempo. Mas sabe como é vida de atleta, né? Ficar parado dentro de casa, acho que ele surta um pouco mais. Mas estou me movimentando aqui”, revelou.
CONFIRA OS VOTOS DE TODAS AS EQUIPES DA SUPERLIGA MASCULINA:
EMS Taubaté Funvic – Encerrar a temporada
Sada Cruzeiro – Seguir paralisada e realizar uma nova reunião
Sesc RJ – Seguir paralisada e realizar uma nova reunião
Sesi-SP – Seguir paralisada e realizar uma nova reunião
Vôlei Renata – Seguir paralisada e realizar uma nova reunião
Fiat/Minas – Seguir paralisada e realizar uma nova reunião
Apan Blumenau – Seguir paralisada e realizar uma nova reunião
Vôlei UM Itapetininga – Seguir paralisada e realizar uma nova reunião
Pacaembu/Ribeirão Preto – Encerrar a temporada
Denk Academy Maringá Vôlei – Seguir paralisada e realizar uma nova reunião
América Vôlei – Seguir paralisada e realizar uma nova reunião
Ponta Grossa Vôlei – Seguir paralisada e realizar uma nova reunião
Comissão de Atletas – Encerrar a temporada
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