Aos 43 anos, Walewska nos deixou com um enorme legado para a história do esporte e marcou seu nome como uma das maiores jogadoras
Quando alguém se vai, é sempre difícil buscar palavras para representar e homenagear a história de quem nos deixou. Não só pela tristeza da partida, mas também pelo momento delicado para comentar qualquer coisa que seja. Mas no caso de Walewska é muito fácil. Líder nata e com uma vontade impressionante de vencer: essa foi a nossa eterna capitã do vôlei brasileiro.
Não era necessário conviver com Walewska para entender seu papel na história do esporte. Ela superou a barreira do voleibol e se tornou exemplo de capitã e vencedora. E nada melhor do que alguém que trabalhou com a central por muitos anos para contar um pouquinho do que era ser técnico de alguém tão impactante. Fala, José Roberto Guimarães!
"Ela deixou um legado na vida dela como atleta, um dos maiores exemplos que eu já vi, que eu pude vivenciar com ela. Com todos os momentos que nós tivemos juntos no clube e na seleção. Ela vai deixar muita saudade. Saudade para essas meninas que jogaram com ela, que participaram com ela de várias etapas, caminhadas e jornadas", contou o treinador do Brasil ao sportv2.
"E vai deixar o exemplo para essas meninas mais novas, o significado de ser uma grande atleta, uma atleta campeã olímpica. Uma atleta que fez a melhor coisa para o seu país, que trouxe uma medalha de ouro, que cantava o hino bem alto, que tinha maior orgulho de representar e estar ali o tempo inteiro brigando e fazendo o seu melhor. Nós vamos sentir muita saudade. É um pecado".
Walewska não só se destacou como capitã. Ela também deixou inúmeros troféus na prateleira de casa. Mas a conquista mais marcante veio com uma medalha. A central fez parte do seleto grupo de campeãs olímpicas brasileiras. Em Pequim-2008, trouxe o primeiro ouro olímpico do vôlei feminino para o Brasil. Ainda foi bronze em Sidney-2000.
A primeira convocação de Walewska para a Seleção Brasileira veio com Bernardinho no ano de 1997. E logo de cara já conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá, em 1999. Também impactado com a morte da jogadora, Bernardo publicou uma linda mensagem nas redes sociais. Confira abaixo!
Sem palavras para descrever a tristeza com a partida da querida Wal. Conheci menina e a vi se tornar uma mulher incrível. Uma jovem aspirante que se tornou uma campeã... amiga das amigas, líder, uma energia enorme, um sorriso cativante e um abraço acolhedor. Descanse em paz, querida Walewska".
Walewska ainda defendeu diversos clubes, como Minas, Osasco e Praia Clube, time onde se aposentou. A passagem dela pelo clube mineiro teve a conquista do primeiro título de Superliga na história do Praia. Por isso, a camisa número 1 foi aposentada. E sempre foi assim que ela deixou os lugares por onde passou: com admiração e respeito absoluto. Descanse em paz, capitã!
