Graduado em Educação Física, Fabrício Lopes utiliza suas experiências ao longo de mais de 20 anos de jiu-jítsu para motivar seus alunos
Gabriel Chilleli Publicado em 01/11/2023, às 16h37 - Atualizado em 08/12/2023, às 16h37
Com diversas conquistas no currículo, entre nacionais e internacionais, como as recentes medalhas de ouro conquistadas em Opens da IBJJF nos EUA, o faixa-preta de jiu-jítsu Fabrício Lopes está em busca do sonhado título do mundial de masters, disputado em Las Vegas. Após lesionar o joelho durante a edição deste ano, ele se prepara para voltar com tudo para, em 2024, concluir este objetivo.
Como trunfo em sua preparação, o brasileiro tem o fato de ser um experiente e condecorado professor. Ou seja, sabe em detalhes como evoluir tecnicamente sem que para isso precise sacrificar a sua parte física, erro que acaba sendo comum entre atletas, principalmente os jovens e aqueles que estão no auge, que buscam o apogeu nas maiores competições do mundo.
"Metodologia e especificidade de treinamento são as chaves para o bom desempenho. De acordo com as pesquisas e aplicações práticas, acredito não haver mais espaço para o método empírico, onde o conceito era treinar até a exaustão… e quando cansar continuar a treinar. A chance do atleta ou praticante quebrar antes de atingir a performance desejada é grande", frisa.
Vale destacar que Fabrício Lopes tem licenciatura plena em Educação Física e possui cursos de especialização na área de metodologia e treinamento. Acostumado a ensinar jovens alunos, ele reforça que a preparação responsável é indispensável para uma plena e saudável evolução, independentemente da faixa etária. Para os mais experientes, ele dá uma dica.
"É necessário trabalhar o jiu-jítsu defensivo. À medida que se envelhece, nossas valências físicas – força, potência, mobilidade, flexibilidade, etc. – entram em curva decrescente. Tudo isso é treinável, mas obviamente em escala proporcional à idade. E o jiu-jítsu defensivo, com a ação de visibilidade, antecipação, bloqueio e prevenção de movimentos dos companheiros de treino mais jovens, é o que irá nos permitir ter longevidade nos treinos com os juvenis e adultos", enfatiza.
