A polêmica de Wallace afetou a conquista da Superliga, que não é reconhecida pelo COB; saiba como o desdobramento interfere na competição e na CBV
Ligia de Toledo Saicali Publicado em 16/05/2023, às 11h53
A Superliga foi conquistada pelo Cruzeiro de Wallace, em atropelo diante do Minas, por 3 a 0, ao final de abril. Apesar do feito, o título não foi devidamente reconhecido pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) devido à polêmica instaurada pelo jogador, que estimulou atos violentos ao presidente da República Luíz Inácio Lula da Silva.
O posicionamento, no entanto, não tem utilidade prática. A Superliga é organizada pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), sem relação direta com o COB, que chegou em acordo com a instituição nacional máxima do esporte na última segunda-feira, 15. Dessa maneira, o título conquistado pelo Cruzeiro está homologado e permanece oficial.
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Os termos entre as partes foram definidos após meses de imbróglio. O COB, além de não reconhecer o título da Superliga como legítimo, converteu a suspensão da CBV em multa. Os valores arcados com a penalização serão destinados a projetos focados no uso consciente de redes sociais por parte de atletas.
Vale destacar que a nova punição aplicada especificamente a Wallace, também não é muito significativa. O jogador, que está fora da Seleção Brasileira de Vôlei, não disputará a Liga das Nações. Assim, o atleta poderá cumprir o resto de sua ‘pena’ de férias, uma vez que a última temporada no país chegou ao fim com o título da Superliga.
Com o acordo estabelecido entre o COB a CBV, o processo foi devidamente finalizado. A instituição olímpica já havia garantido a participação do Brasil nos torneios classificatórios de Paris 2024 e nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, capital do Chile. A categoria masculina da Liga das Nações, por sua vez, será disputada a partir do dia 6 de junho.
