Henkel, que mora nos Estados Unidos, vem colecionando atritos por seu posicionamento político e falas controversas
SportBuzz Digital Publicado em 09/06/2020, às 17h52
A ex-jogadora de vôlei da Seleção Brasileira e medalhista olímpica, Ana Paula Henkel, voltou a causar polêmica ao responder um tuíte da ex-companheira de quadra, Ana Moser.
Henkel vem ganhando inimizades e tumultos com personalidades do vôlei por sua posição extremista. Vivendo nos Estados Unidos, ela é uma apoiadora assídua de Donald Trump e de Jair Bolsonaro, além de que chegou a ser acusada de racismo por suas falas nas redes.
O mais novo capítulo é que ela respondeu um tweet da Ana Moser, na qual contestava os dados mostrados que a própria Ana Paula Henkel havia trazido sobre os negros serem maioria em delitos, mas sem citar nomes.
Em resposta, a campeã olímpica pediu para a ex-colega esquecê-la e atribuiu a "insistência" a uma paixão mal-resolvida. Ana Moser é assumidamente lésbica.
"Não me segue, não gosta de mim, mas não passa uma semana sem mencionar meu nome ou tuitar a meu respeito. A obsessão por mim não ficou no passado. Não é não. Segue sua vida, Ana. Me esquece, me tira da sua cabeça. Toca o seu bonde e eu toco o meu. Fica na paz. Você consegue", disse Henkel.
Não me segue, não gosta de mim, mas não passa uma semana sem mencionar meu nome ou tuitar a meu respeito. A obsessão por mim não ficou no passado. Não é não.
— Ana Paula Henkel (@AnaPaulaVolei) June 2, 2020
Segue sua vida, Ana. Me esquece, me tira da sua cabeça. Toca o seu bonde e eu toco o meu. Fica na paz. Vc consegue.🌹 pic.twitter.com/E21KYd4DOw
As duas contrastam em suas visões políticas. Enquanto Ana Moser adota pensamentos mais liberais e progressistas, Ana Paula Henkel é conservadora e defende um Estado autoritário.
Outra ex-jogadora que bateu de frente a Henkel foi Isabel Salgado, que teceu duras críticas ao modo como a campeã se comporta nas redes.
Isabel, em uma longa carta, disse: "É que o seu nome está ligado ao vôlei, esporte que pratiquei durante muitos anos e, infelizmente, muitas pessoas generalizam esse tipo de fala e me perguntam se as jogadoras de vôlei são, na sua maioria, de extrema direita Nesses momentos, eu sempre tento explicar que você está longe de representar um perfil do vôlei feminino brasileiro. E que, na verdade, o vôlei, assim como a maioria dos campos profissionais e atividades, não pode ser enquadrado em algum perfil ideológico".
"Você posta constantemente frases e ideias que destilam muito preconceito. Mas o seu último post foi a gota d’água e me chocou e revoltou pela profunda ignorância e irresponsabilidade. Sua falta de conhecimento a respeito do racismo e do que ele significa são atrozes. Usando as redes como tem usado, você presta um desserviço no processo de combate ao racismo. Vidas negras importam!", completou a ex-jogadora.
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