Ícaro Cavalheiro trabalhou por mais de 20 anos na WSL e contou detalhes dos bastidores da entidade em relação à avaliação das ondas
Redação Publicado em 31/05/2023, às 10h27
Diante de toda a polêmica em torno das notas dos juízes, a WSL vem tentando amenizar o clima ruim internamente. No entanto, as críticas públicas de Gabriel Medina, Italo Ferreira e Filipe Toledo seguem agitando os bastidores da entidade. Desta vez, um ex-juiz da Liga Mundial de Surfe foi o responsável por dar novos detalhes sobre o caso.
Em entrevista ao portal "Uol Esporte", Ícaro Cavalheiro fez grave acusação contra a WSL. Após ser juiz da entidade por mais de 13 anos, ele revelou bastidores importantes a respeito das notas dadas pelos juízes. Segundo ele, os responsáveis pelas avaliações das ondas não querem mais que um brasileiro seja campeão mundial.
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O sistema quer promover um australiano ou americano campeão mundial, porque eles não suportam mais ter campeão mundial brasileiro. Isso é fato. E não é nem patrocinadores, não é nem o Erik Logan [CEO da WSL]. É o julgamento mesmo. É quem está sentado julgando", acusou Ícaro Cavalheiro.
"Eles estão fabricando o Ethan campeão mesmo antes de desempenhar para ser campeão mundial. O head judge é australiano, sente a pressão de julgar e acaba passando para os juízes. Ele não chega diretamente e fala: 'Quero que seja 9 ou seja 7'. Mas a conversa de bastidor, a conversa no jantar à noite, a conversa antes, leva a julgar", continuou o ex-juiz da WSL.
"Se eu for dar a nota sem pensar em nacionalidade e nome, provavelmente vou estar fora da média. O cara fora da média é cortado. Então os caras que estão ali estão para dar a nota que agrada ao head judge. Se você não dança o jogo que eles querem, você é mandado embora. Eu vivi isso por 20 anos. Quando o juiz tem medo, ele pesa a caneta", finalizou Ícaro.
Procurada pela reportagem do portal "Uol Esporte", a WSL não se posicionou a respeito das graves acusações de Ícaro Cavalheiro. Por outro lado, a entidade divulgou nota oficial para dar fim à polêmica. Por meio de Erik Logan, CEO da Liga Mundial de Surfe, a organização detonou as críticas dos brasileiros e negou qualquer tipo de problema na notas.
