Após uma luta em que quase foi nocauteado no primeiro round, João Dantas vira de forma espetacular e nocauteia seu adversário
Redação Publicado em 22/12/2022, às 16h20
Se tivéssemos um Prêmio no MMA Nacional, com certeza a luta entre João Dantas (Brasil) versus Carlos Bazan (Bolívia) seria uma das indicadas. Em disputa estava o cinturão da categoria peso médio (até 84 kg) do Jungle Fight, edição 112.
E logo no começo da luta, o boliviano conseguiu acertar um cruzado de direita que derrubou João e que teve que partir daí segurar o ímpeto de Bazan que foi utilizou todo o seu arsenal de golpes no “ground and pound” e até conseguiu pegar as costas, tentando buscar o pescoço e aplicar um mata-leão. O brasileiro respirava por “canudinho” quando foi salvo pelo gongo.
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Naquele momento muita coisa passou pela cabeça deste jovem de 26 anos de idade, representando a cidade de Capão Bonito, interior de São Paulo, Dantas começou nas artes marciais por volta do ano de 2010, ainda com quatorze anos de idade. Recebeu um convite dos amigos de escola para treinar jiu-jitsu.
Apaixonou-se pela arte marcial e em pouco tempo estava treinando myau thai e sumô. Com uma sequência de três vitórias consecutivas no maior evento de MMA da América Latina, João não podia ver o seu sonho de ser lutador, desmoronar no primeiro round daquele combate.
Assim como a lenda do cinema “Rocky Balboa” que após ser massacrado pelos seus adversários durante todo o combate, ressurgia no último round, nocauteando seus adversários, sempre movido pela paixão à sua esposa, família e sonhando que o boxe pudesse mudar suas vidas para melhor, também é o sonho de vários lutadores ao redor do mundo e aqui no Brasil não poderia ser diferente.
João voltou para o segundo round sabendo que os juízes laterais poderiam ter dado 10 a 8 para o seu adversário que não seria nenhum absurdo e que teria que vencer os próximos 2 rounds para apenas empatar o combate. A vitória viria só se ele finalizasse ou nocauteasse o boliviano e foi exatamente isto o que aconteceu.
Carlos Bazan parecia ter entregue todo o seu gás e explosão no primeiro round, pois João voltou recuperado e começou a encaixar bons golpes na região da linha de cintura do boliviano, que esboçava cansado já na metade do segundo round, aonde o brasileiro percebeu que poderia vencer naquele momento e apertou ainda mais, encurralando-o na grade até entrar uma mão de direita, nocauteando seu adversário e se sagrando-se campeão do peso médio do maior evento de MMA da América Latina, o Jungle Fight.
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Agora, João Dantas está com 8 lutas e 7 vitórias em sua carreira de MMA Profissional. Em uma entrevista exclusiva para o SportBuzz, ele afirma que sempre foi um sonho lutar em eventos grandes, principalmente no Jungle Fight, e agora estava tendo a chance de se tornar campeão como seus ídolos que lutaram na mesma organização e foram campeões do UFC, como Fabrício Werdum, Davidson Figueiredo, Alex Poatan, dentre outros.
SB – Conte um pouco como foi para você este combate pelo cinturão?
JD – Estava muito confiante que cheguei para ser campeão, mas sabia que seria uma luta muito dura, e logo no começo do combate, eu achei que ele iria entrar numa baiana, mas veio com um overhand por cima. Foi um golpe muito forte, mas ainda estava muito consciente de tudo que aconteceu e algo dentro de mim dizia que eu tinha trabalhado muito para estar ali e que não seria daquela forma.
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SB – Como está a repercussão na cidade após a conquista do cinturão?
JD – A repercussão está gigantesca, porque não é só na minha cidade, ao redor também, o reconhecimento das pessoas está bem legal, aonde eu vou tenho que tirar fotos, e estou achando isto bem legal, pois somos inspirações para a nova geração de jovens, e sinto que estou cumprindo com meu objetivo, me sinto honrado e grato pelo carinho de todos.
Mais o dia marcante foi quando cheguei em Capão Bonito e o povo estava me esperando para fazer uma carreata pela cidade com o cinturão do Jungle Fight, eu até fui pego de surpresa, pois nunca imaginei que fosse ter alguma comemoração e no final das contas paramos as ruas e avenidas.
SB – Após a conquista do cinturão, alguém ou alguma empresa já o procurou para parcerias?
JD – Sim, já estamos sendo procurados por algumas empresas que querem participar do nosso projeto, inclusive estamos conversando com meu atual patrocinador Master para conseguirmos focar apenas nos treinamentos e nos dedicarmos ainda mais, até porque conseguimos nos sagrar campeão do Jungle Fight e isto é só o começo. Para manter o cinturão, encarar novos desafios, conquistar coisas novas, vamos precisar dedicar ainda mais, então, nesta hora, os parceiros são peças fundamentais para chegarmos lá.
SB – Qual seu sonho?
JD – Meu sonho não é só chegar no UFC, ou até mesmo ser campeão do UFC eu quero fazer história nas artes marciais, pois eu confio muito no meu estilo de lutar, com guarda baixa, trabalhando muito o jogo de perna, e ainda especialista em sumô, apesar de ter nocauteado todos os meus oponentes, eu sou um lutador de grappling, do sumô e do Jiu-Jitsu com movimentação nas pernas, que são os meus treinos de boxe.
