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Fórmula 1 / ESPECIAL SENNA

‘Rei da Chuva’: Senna tinha dificuldades antes de dominar a condição

Ao contrário do que muitos pensam, Ayrton Senna não ia bem em corridas chuvosas no início de sua carreira; conheça a estratégia que mudou o cenário

Ayrton Senna no GP do Canadá de 1989 - Getty Images
Ayrton Senna no GP do Canadá de 1989 - Getty Images

Ayrton Senna é conhecido por muitas alcunhas no Brasil e no mundo, como “Príncipe Supersônico” (esta, em especial, no Japão), “o Rei de Mônaco” e o “Rei da Chuva”. Os apelidos foram conquistados, justamente, pela habilidade notável do piloto nas condições mencionadas.

Porém, muitos fãs de automobilismo acreditam que Senna possuía um talento nato nas pistas em relação ao clima chuvoso, o que não é verdade. A lenda, inclusive, passou a se dedicar após ter apresentado um péssimo desempenho no kart com a pista molhada em Interlagos, aos 13 anos.

“Começou a chover e ele começou a perder um pouco o controle do kart e acabou saindo da corrida por causa e chuva e foi para a grama. Então, o que ele fez? Toda a vez que chovia, em vez de ficar choramingando em casa, Ayrton pegava o kart e ia para algum lugar de São Paulo e treinava até escurecer”, revelou Viviane Senna, irmã do tricampeão.

Dessa maneira, a persistência fez do ícone do automobilismo uma das grandes referências em corridas com chuva, que ainda se mostra um grande empecilho para pilotos da atualidade. Sua primeira vitória na Fórmula 1, inclusive, foi embaixo de um 'dilúvio', no GP de Portugal de 1985.

Outro mito difundido sobre Senna é de que ele preferia pilotar sob a chuva devido a uma suposta vantagem, o que não era verdade. O tricampeão sempre se mostrou extremamente preocupado com questões de segurança na pista e gostava de ter maior visibilidade nas corridas.

“Em muitos momentos eu tive muita dificuldade para me situar dentro do carro”, revelou Senna em entrevista ao “Onze e Meia”, com Jô Soares. “Porque dava um branco total em volta e não dava para ver. É nessa hora que você acelera e vai pelo instinto. Quando vai fazer a ultrapassagem, entra em uma cortina d’água. Lógico, você conhece a pista, tem uma ideia, mas você entra naquela cortina d’água e vai pelo ouvido, ouvindo o que está na sua frente”.