A partida do Atlético-MG na Libertadores e do Tombense na série B do Brasileirão episódios ficaram marcadas por episódios de racismo
Lucas Miluzzi Publicado em 28/06/2023, às 08h44
A terça-feira, 27, no futebol brasileiro e sul-americano ficou marcada por racismo. No jogo entre Atlético-MG e Libertad, por exemplo, Éverson viu um torcedor paraguaio imitar e fazer barulhos de macaco para ele. O clube divulgou imagens nas redes sociais e fez uma denúncia oficial para a Conmebol. O goleiro, inclusive, irá atrás dos seus direitos e destacou que não vai medir esforços contra os racistas.
“Pretendo buscar meus direitos, como ser humano, como atleta, como pessoa. Não ficamos felizes com isso. O que for dentro da lei, nos meus direitos, vou buscar meus direitos. Vou ver com o clube. A gente tem horário do voo, mas se der, com certeza vou. Se não for atrapalhar a logística, eu vou buscar meus direitos. Não vou medir esforços”, contou em entrevista após o jogo.
De acordo com Éverson, ele já estava sofrendo com gritos racistas e gestos desde o início da partida entre Atlético-MG e Libertad, em jogo que terminou com a eliminação dos paraguaios na Libertadores: "Uma pessoa fez, mas vários gritaram. Eu ouvi vários gritando, usando palavras como macaco. Todos somos iguais, não tem diferença de pele, cor e sangue. Precisamos ter mais amor ao próximo”, contou.
“Cheguei a ouvir, ouvi o direcionamento. Chamaram "arquero", que é goleiro, em espanhol. Depois começaram a fazer o gesto para mim. Eu estava focado, porque temos que dar entrevista para todas as televisões. Vi que o Pedro (Souza, fotógrafo do Galo) estava tirando as imagens, procurei ficar calmo naquele momento, porque eu sei que estávamos reunindo algumas provas ali. Infelizmente, isso vem acontecendo no continente sul-americano. Não são todos, mas sabemos que ainda passamos por isso”, explicou.
Indignação é a palavra que define o sentimento do Galo diante das manifestações racistas de torcedores do Libertad, dirigidas ao goleiro Everson.
— Atlético (@Atletico) June 28, 2023
Punições realmente severas precisam ser aplicadas para que essas cenas covardes e inadmissíveis, vistas no Defensores del Chaco, não… pic.twitter.com/t2TE3ICRnN
Também durante a noite da última terça-feira, 27, pela série B do Brasileirão, no jogo entreTombense e Vila Nova, Pedro Costa acusou o rival de tê-lo chamado de “crioulo sujo”. O grito teria vindo do banco de reservas da equipe goiana e deu indícios de que Sousa, reserva do Vilinha, teria proferido tais palavras para o lateral da equipe mineira.
Houve uma grande discussão ao final do primeiro tempo e Pedro Costa apareceu acusando o rival de ter cometido o crime de injúria racial. A reportagem do “Premiere FC”, responsável pela transmissão da partida, tentou entrevistar o lateral do Tombense, mas ele preferiu adotar silêncio no caso. Já Sousa negou e se mostrou surpreso com a acusação de que tenha chamado o rival de “crioulo sujo”.
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