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Mais Esportes / JIU-JITSU

Faixa-preta brasileiro destaca o papel social do jiu-jítsu

Professor da Alliance, Eduardo "Dudu Fifth" observa a arte suave além dos tatames

Leonardo Fabri Publicado em 10/11/2023, às 10h52

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Dudu durante sua graduação à faixa-preta - Divulgação
Dudu durante sua graduação à faixa-preta - Divulgação

Faixa-preta de jiu-jitsu, Eduardo Souza da Silva, conhecido como "Dudu Fifth", vem se destacando como treinador. Representante da Alliance, o gaúcho teve uma participação fundamental no título de campeão mundial de masters conquistado por seu professor, Fábio Assunção, este ano, em Las Vegas.

"Tive um papel não somente de coach, dando auxílio técnico, como também psicológico", explica o faixa-preta da Alliance.

A ênfase no psicológico não é por acaso. Para "Dudu Fifth", o papel do jiu-jítsu na vida do praticante vai além da participação de competições e conquista de medalhas.

"O jiu-jítsu é muito mais que uma arte marcial de eficiência mais que comprovada, o jiu-jitsu é uma ferramenta de transformação na vida das pessoas, pois passa a elas diversos valores, faz os praticantes ficarem mais confiantes na vida, pois te mostra que a maioria das coisas tem uma solução, e se tu não se desesperar, se manter calmo e aguentar a pressão, tu vai encontrar alguma forma de sair", destaca o orgulhoso professor da Alliance.

"E, se não sair, vai aceitar e na próxima vez estará melhor, pois no jiu-jitsu você acaba lidando com as pequenas derrotas diariamente e você tem a oportunidade diária de transformar elas em pequenas vitórias. Isso traz uma resiliência ao praticante que depois ele leva para o resto da vida em relações que o faz uma pessoa melhor e muito mais preparada para as adversidades, sabendo lidar de uma maneira mais racional com elas", complementa.

Essa função extra-tatame do jiu-jítsu, que no Brasil é desenvolvido há décadas, está cada vez mais se popularizando pelo mundo, principalmente nos EUA, onde, de acordo com professores brasileiros que atuam no país, a arte suave já é a modalidade de luta mais praticada por lá.

"Eu vi uma notícia de que o jiu-jítsu é a arte marcial mais praticada nos EUA, e sendo a mais praticada na maior potência financeira é ótimo para a expansão e profissionalização da arte, pois traz muito mais visibilidade para o esporte e abre muito mais caminhos para se trabalhar e viver exclusivamente com o jiu-jítsu, tanto como atleta, coach, manager, entre outras carreiras que estão surgindo em função dessa expansão", observa "Dudu Fifth".

"Nos EUA existe um número muito grande de praticantes crianças e todo um universo como de campeonatos exclusivos para os kids, e isso é ótimo pois traz toda uma nova geração que já está nascendo dentro da cultura do jiu-jitsu", finaliza o estudioso professor brasileiro.