O elenco do futebol feminino do Corinthians protestou contra a contratação de Cuca durante a noite do último domingo, 23; veja a nota oficial
Redação Publicado em 24/04/2023, às 07h04
O clima não é dos melhores no Corinthians desde a saída de Fernando Lázaro e a chegada de Cuca. A acusação e condenação do ex-jogador por violência sexual contra uma menina de 13 anos quando ainda era jogador do Grêmio foram os fatores que motivaram uma série de protestos. Além da insatisfação da torcida, o elenco do futebol feminino alvinegro decidiu se manisfestar sobre o tema.
Vale destacar que o Corinthians faz uma série de ações para promover a categoria e também ajudar no combate contra o machismo. A frase "respeita as mina" ganhou força desde que o clube a pegou como slogan para a campanha contra violência à mulher. Sendo assim, com o histórico de Cuca, o futebol feminino corintiano se viu obrigado a se manifestar.
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O movimento começou com Tamires, passou por Gabi Zanotti e se espalhou por todo o elenco do Corinthians. Todas as jogadoras do elenco profissional publicaram a nota em suas redes sociais durante a noite do último domingo, 23, no final do jogo contra o Goiás, em confronto válido pela segunda rodada do Brasileirão. Além das atletas, o técnico Arthur Elias também fez a publicação em suas redes sociais.
"Estar em um clube democrático significa que podemos usar a nossa voz, por vezes de forma pública, por vezes nos bastidores. "Respeita as Minas" não é uma frase qualquer. É, acima de tudo, um estado de espírito e um compromisso compartilhado. Ser Corinthians significa viver e lutar por direitos todos os dias", escreveu a nota.
A contratação de Cuca como novo técnico do Corinthians tem dado o que falar nas redes sociais dos torcedores do clube. Isso porque o treinador foi condenado por "atentado ao pudor com uso de violência" em 1989, em caso que ocorreu dois anos antes excursão do Grêmio na Suíça, com uma garota de 13 anos.
Jogando pelo Grêmio, o novo comandante do Corinthians e mais três atletas do clube gaúcho estavam em seu quarto de hotel quando a menina chegou junto a seus amigos pedindo uma camisa. Depois de os amigos irem embora, os jogadores ficaram com ela no quarto e uma denúncia de estupro acabou ocorrendo pouco depois.
Todos os quatro ficaram presos por um mês no país europeu, e acabaram sendo liberados para voltar ao Brasil posteriormente. Como se nada tivesse acontecido, diversos apoiadores dos jogadores foram ao aeroporto recepcioná-los e gritavam seus nomes enquanto passavam em direção à saída do local.
