Com direito a protestos contra Cuca no Parque São Jorge e caso de racismo em reunião do conselho, crise no Corinthians aumenta antes de ‘final’
Nesta quarta-feira, 26, às 21h30 (horário de Brasília), o Corinthians vai jogar a vida na Copa do Brasil. Após perder por 2 a 0 no jogo de ida para o Remo, a equipe terá que se recuperar e vencer os rivais paraenses por três gols de diferença para seguir na competição. Mas os bastidores do clube e a pressão externa da torcida não parecem colaborar.
Na noite da última segunda-feira, 24, a crise no Corinthians aumentou ainda mais. No dia em que o conselho deliberativo alvinegro aprovou as contas de 2022, um ato racista se tornou o principal tema de debate. Isso porque Luiz Ricardo Alves, mais conhecido como Seedorf, teria sido chamado de “neguinho” por outro conselheiro do clube.
Conselheiro do Corinthians acusa Mané da Carne de racismo em reunião do Conselho Deliberativo.
— Meu Timão (@MeuTimao) April 25, 2023
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Manoel Ramos Evangelista, o Mané da Carne, teria sido o responsável por ter cometido o ato racista. Em entrevista para o “GE”, ele contou que não proferiu esse tipo de fala para Seedorf, mas avisou que: "A gente estava longe. Falei "amiguinho, fica quieto", e ele entendeu "neguinho". Tem gente que sabe que não falei, mas tem gente que está querendo aparecer e vai dizer que falei isso. E outra, eu não falei. Mas se tivesse chamado de "neguinho", estaria mentindo?”
Enquanto isso, Seedorf rebateu e explicou o que teria acontecido: “Eu estava na reunião do Conselho, num dado momento tinha uma pessoa falando no microfone, e algumas pessoas no canto direito começaram a fazer um alvoroço. Pedi que deixassem que a pessoa falasse. Nesse momento, Manoel Evangelista gritou "cala a boca, neguinho, vai tomar no c...". Eu já tive problemas desse tipo anteriormente, mas sempre via WhatsApp, que não era um meio oficial”.
Somos seres humanos, e ninguém é mais do que ninguém. Hoje ele tentou me rebaixar novamente diante de todo o Conselho. Não cabe mais esse tipo de coisa”, finalizou.
Mas não foi só o caso de racismo que aumentou a pressão no Corinthians. Enquanto a aprovação das contas de 2022 era realizada, um grupo de 30 mulheres foi até ao clube social protestar contra Cuca. O movimento contra o atual treinador alvinegro foi criado assim que a sua contratação foi consumada.
Vale destacar que Cuca não deve abrir mão de seu cargo. Antes mesmo de completar uma semana no comando, a pressão para a demissão do treinador é insustentável, mas Duílio Monteiro Alves tem bancado o técnico nos bastidores. Após a partida contra o Goiás, alguns rumores aumentaram sobre o treinador ter entregue o seu cargo, porém o fato foi negado pelo clube, segundo apuração do SportBuzz.