Esse é o terceiro ano consecutivo que o alvinegro de Parque São Jorge conclui o ano no vermelho
Lucas Miluzzi Publicado em 04/05/2020, às 16h50 - Atualizado às 17h29
A situação financeira do Corinthians parece estar piorando a cada ano. O site Globoesporte divulgou o balanço da equipe paulista e, pelo terceiro ano consecutivo, o Timão fechou a temporada no vermelho, além de ter batido recorde milionário em déficit.
Até o fim de 2018, o time havia fechado o ano com uma dívida de 469 milhões de reais. Um temporada depois, esse valor aumentou em 42% e chegou a expressiva marca de 665 milhões de reais. Vale lembrar que toda essa quantia não leva em consideração o pagamento da Arena.
Outro valor que também chamou a atenção, foi o recorde negativo que o Corinthians atingiu em relação ao seu déficit financeiro. O clube alcançou as cifras de 177 milhões de reais e superou os anos de 2014 e 2015, quando o time fechou com 97 milhões de reais.
Todas essas quantias negativas despertam o interesse da torcida alvinegra, pois, além da crise financeira, a equipe vai sofrer ainda mais com a paralisação do futebol devido ao novo cornavírus. O Timão vem fazendo alguns cortes em sua folha salarial e quem falou sobre isso foi o diretor financeiro Matias Romano Ávila.
E em entrevista ao Globo Esporte, ele se pronunciou sobre a má fase que estão enfrentando, e afirmou que ainda não sabe como irão sair da crise.
“No fundo, todo mundo sabe como entrou na crise, mas não sabe como vai sair. Nem as empresas, nem os clubes, ninguém. A gente não sabe quanto tempo dura. É um momento de análise, de parcimônia, de reflexão. Todo mundo está renegociando tudo: patrocínio, aluguel, emprego”, afirmou o dirigente.
Matias também afirmou que o clube está fazendo de tudo para preservar os empregos e que para isso tomou medidas drásticas: reduziu em 70% o salário para quem não está trabalhando e 50% para quem está.
Porém, este corte só vale para quem ganha acima de R$ 3 mil.
“Para quem ganha até R$ 3 mil, não desconta nada. O desconto é de R$ 3 mil para cima. Eles também têm possibilidade de recuperação através dos programas federais. Estamos adotando todos os procedimentos no sentido de aproveitar toda a legislação disponibilizada e fazer a transição da melhor forma possível”, afirmou.
Já para os atletas masculino, feminino e de base, a situação é outra:
“Para os jogadores, feminino, base e profissional, fizemos 25% de corte. Demoramos um pouco para anunciar isso, mas foi no sentido de ter uma medida única. O intuito é preservar empregos dos funcionários do clube e conseguir passar essa fase de forma tranquila. Renegociamos alguns contratos de patrocínios, estamos conversando como todo mundo evidentemente, tomamos essa medida como forma de transição.”
Questionado pelo portal do porquê o clube não optou em fazer cortes maiores nos salários dos jogadores, Ávila respondeu ser um “regime diferente”:
“O corte dos funcionários é que poderia ser maior. O jogador tem um regime diferente. Apesar de ser CLT, ele tem direito de imagem, todo um outro ganho diferente. É praticamente um acordo, enquanto com os funcionários é um acordo coletivo.”
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Tiago Nunes 
