Treinador teve uma boa passagem pelo Cruzeiro em 2009, quando foi vice-campeão da Libertadores
Lucas Miluzzi Publicado em 29/11/2019, às 18h53
Na manhã desta sexta-feira, 29, o Cruzeiro anunciou o desligamento de Abel Braga do clube Mineiro, após a derrota para o CSA, em casa, por 1 a 0. A diretoria da raposa agiu rápido e de cara anuciou Adílson Baptista como novo treinador do time até o final de 2020. O técnico concedeu uma entrevista coletiva nesta tarde e demonstrou confiança no elenco cruzeirense.
Adilson terá a difícil missão de em dez dias salvar a temporada do Cruzeiro e evitar o primeiro rebaixamento da história do clube. Apesar de ter sido demitido do Ceará recentemente, o treinador possui uma história positiva na toca da raposa, em 2009 o treinador foi vice-campeão da Libertadores pela equipe.
O novo técnico chegou com muita confiança em seu trabalho e também na equipe. Inclusive revelou que já conversou com os atletas, escutou o que eles tinham para dizer e falou o que era necessário para a raposa fugir do rebaixamento.
“Já tive uma conversa. Já transpirei ali com eles. Já coloquei algumas coisas que eu acho que precisamos fazer. Ouvi. Escutar é importante neste momento. Mas nós precisamos ter atitude. Não adianta você falar e não fazer.”, disse.
Questionado sobre como será a maneira que o time deve jogar nos próximos três jogos, o treinador apresentou uma solução espalhada na Premier League. Segundo ele é necessário que a equipe tenha intensidade como os clubes da Inglaterra possuem em seu campeonato local.
“Eu preciso colocar os melhores. O futebol pede isso. A gente assiste toda hora à Premier League, adora a Premier League, então a gente tem que jogar igual na Premier League.”, afirmou.
Adilson Baptista deu continuidade a sua linha de pensamento e mostrou ser irredutível com jogadores que não vão dar essa característica ao time: “Se não tiver intensidade, não joga”.
A respeito dessa questão, Rogério Ceni tentou impor intensidade no Cruzeiro e não conseguiu, o novo comandante foi questionado sobre o assunto e respondeu com certo otimismo.
"Quanto tempo o Rogério ficou? Então, eu tenho uma semana. Vai dar. O meu vai dar tempo, se Deus quiser", completou .
Outro tema recorrente na coletiva foi sobre Thiago Neves, o meia tem se envolvido em diversas polêmicas, além de ser alvo de criticas da imprensa, torcida e diretoria. Em relação ao momento que o jogador vive, Adilson descartou uma provável saída do meia da equipe titular cruzeirense.
“Eu não posso julgar pelo jogo de ontem (contra o CSA). O Thiago fez, errou, era o batedor, como outros já erraram. Não posso ser radical. A gente tem que ter alguns cuidados quando chega a um clube. Acabei de relatar para vocês que fizeram grandes jogos. Vamos resgatar como jogaram, como foram as escalações.”, rebateu.
Mesmo assim ele foi abordado sobre uma possível retirada de alguns “medalhões” do time titular e o treinador não titubeou ao responder o repórter.
“Se você puxar um histórico meu, eu tirei o Danrlei do Grêmio, ídolo do Grêmio, em 2003, substitui o Roberto Carlos dez vezes no Corinthians. Então, você já conhece a minha linha. Não é nome, tem que jogar bola. Comigo é jogar bola. Já está dado o recado, não está?”, concluiu.
O Cruzeiro entra em campo na próxima segunda-feira, 2, em São Januário, contra o Vasco. Os mineiros precisam da vitória para escapar da zona da degola e evitar o inédito rebaixamento na história do clube.
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