Em evento realizado em São Paulo, o heptacampeão Lewis Hamilton comentou a aposentadoria de Sebastian Vettel e falou sobre o espaço para causas sociais na Fórmula 1
Redação Publicado em 09/11/2022, às 21h28
Lewis Hamilton está no Brasil para o Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1, que será disputado entre 11 e 13 de novembro. Na tarde desta quarta-feira, 9, o heptacampeão da Mercedes participou do evento promovido pela Petronas, parceira da Mercedes na categoria, e comentou sobre a honraria que recebeu no início da semana.
Na última segunda-feira, 7, Lewis foi homenageado como cidadão honorário do Brasil, em sessão solene na Câmara dos Deputados. O título foi entregue ao britânico graças ao projeto do parlamentar André Figueiredo (PDT-CE), que foi aprovado em junho de 2022. Ele classificou o título como “surreal”.
“Quando eu voltei para o hotel, precisei me beliscar para acreditar. Foi surreal. Foi uma honra receber. Nunca pensei que isso pudesse acontecer”, disse Lewis Hamilton nesta quarta-feira. Ele ainda destacou o que gosta no país: “A comida, as cores, mas principalmente as pessoas porque há amor por aqui”.
É muito emocionante vir ao Brasil, são experiências incríveis. Em 2021, foi a melhor corrida da minha vida. Nunca vi isso (apoio dos fãs) em lugar nenhum. Quero aprender mais sobre a cultura, comida, as pessoas... (O que mais gosto) são as comidas, cores e energia das pessoas. Aqui todo mundo trabalha, sorri. Tem muito trânsito também (risos). Há muito amor aqui”, disse em outro trecho.
O piloto da Mercedes também foi questionado sobre as pautas sociais debatidas dentro do esporte e ressaltou a importância de trazer isso para dentro da principal categoria de automobilismo.
“As pessoas dizem que o esporte não é um espaço para política, mas direitos humanos não são puramente políticos, é algo que todos deveriam ter acesso. Não é fácil falar sobre questões sociais, mas é necessário abrir o coração e falar a realidade do que as pessoas estão vivendo ao redor do mundo. Eu tenho uma voz e vou usá-la”, completou.
Aposentadoria de Sebastian Vettel ao término da temporada 2022
“É um relacionamento, uma amizade inesperada. É tão difícil quando se é tão competitivo, quando se foca a vida toda em vencer corridas e campeonatos. Também tem sido muito bonito ver, de fora, alguém crescer e passar pela própria jornada”.
“De todos os pilotos com quem corri, ele foi o primeiro a se ajoelhar comigo. Não acredito ter visto qualquer outro piloto na história fazer o que fizemos, em termos de usar a plataforma. Vejo-o como um aliado. Será triste vê-lo partir, mas sei que ele vai fazer coisas incríveis. Sempre vamos manter contato, tive sorte de conhecer sua família”.
“Encontrei crianças incríveis. Acredite em si mesmo. Não desista dos seus sonhos, mesmo que digam que é impossível”.
“Eu acho que a gente está construindo uma bela trajetória aqui, juntos, mas acho que a corrida de 2021 foi o momento mais especial para mim. Tinha 36 anos, e começar por último, isso não é uma coisa fácil em Interlagos, e de alguma maneira eu terminei na frente e venci a corrida. Segurar a bandeira do Brasil naquele dia, algo me disse para fazer isso naquele momento. Então, eu parei e a peguei e eu senti como se estivesse fazendo Ayrton orgulhoso”.
