Estreia do Circuito Brasileiro não terá qualifying após boicote

Pela primeira vez na história do Circuito Brasileiro de vôlei de praia, a competição não vai contar com a etapa de qualifying. Isso porque o boicote feito pelos atletas fez com que a etapa de classificação não acontecesse por falta de atletas inscritos. A disputa em Saquarema, que teria começado nesta quarta-feira, 2, agora avança direto para a chave principal.

Para se ter uma ideia, a competição contará nessa fase com a presença de apenas seis duplas no feminino e 15 no masculino. Em contato com o site "GE", a CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) garantiu, através de nota oficial, que vai respeitar a decisão dos atletas que decidiram não se inscrever, ainda que não concorde com os argumentos que foram apresentados.

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"Tivemos conversas com atletas, treinadores e a Comissão Nacional de Atletas durante o desenvolvimento do projeto. E continuamos abertos ao diálogo. Na nossa visão, era preciso um formato de competição mais atraente, sustentável e focado em renovação e performance. Diante disso, não havia possibilidade de simplesmente manter o formato antigo, sem qualquer mudança", explicou a CBV ao site.

Todo esse boicote está acontecendo desde que a CBV decidiu mudar o formato do Circuito Brasileiro. Nada felizes com o que havia acontecido, desde o anúncio, a ameaça por parte dos atletas em não participar da competição existiu. Algumas das principais duplas do vôlei de praia, inclusive, não realizaram suas inscrições para a competição.

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Entre os nomes que optaram por ficar de fora do torneio estão Vitor Felipe/Renato e Duda/Ana Patrícia. Um dos pontos que os atletas reclamaram, e disseram que não estavam de acordo foi justamente o qualifying, de acordo com a publicação. Nele, os jogos da primeira rodada seriam disputados em set único, de 25 pontos.

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"Dentre várias coisas que vêm chamando atenção no regulamento, a parte mais absurda e simples é o direito de se jogar. Se olhar no qualifying, no regulamento, diz que o atleta só terá a chance de jogar um set de 25 pontos. Você não tem direito nem a jogar a melhor de três, que é a regra do vôlei de praia. A gente treina tanto para o atleta buscar seu espaço para jogar só um set. Eu achei absurdo, porque o mínimo é poder jogar e diminuíram. Eu não entendo", explicou o atleta Vitor Felipe em recente entrevista ao "GE".