“Amor Branco e Preto”: Rita Lee e o Corinthians

Rita Lee, um dos maiores nomes da música brasileira, morreu na última segunda-feira, 8, aos 75 anos de idade. A cantora estava cercada de seus familiares em sua residência na cidade de São Paulo, conforme informado pela nota divulgada nas redes sociais. A “rainha do rock brasileiro” tratava um câncer de pulmão, que havia sido diagnosticado em 2021.

Além de ter feito história no cenário musical brasileiro, Rita Lee também teve uma participação marcante no universo esportivo, principalmente com o seu time de coração, o Corinthians. Embora também tenha sido considerada torcedora do Internacional por alguns, sua ligação com o Alvinegro Paulista ultrapassava as quatro linhas do gramado.

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Em 1972, a cantora havia lançado uma música em homenagem ao Corinthians, uma composição própria (ao lado de Arnaldo Baptista) chamada “Amor Branco e Preto”. Na letra, Rita desabafava sobre a sensação “masoquista” de sofrer pelo time: “Às vezes me deixou na mão / Mas eu gosto de você / Já não me importa a sua ingratidão / Sofro, mas continuo a te adorar / Corinthians, meu amor”.

Além disso, a artista brasileira já se apresentou no palco com membros da “Democracia Corinthiana”, em 1982, momento histórico marcado pela transição do regime militar para a democracia. Jogadores do Timão à época como Sócrates, Wladimir e Casagrande se juntaram à paulistana no Parque do Ibirapuera e dançaram ao som da música “Vote em Mim”, de seu álbum então recém-lançado.

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Na ocasião, os atletas tinham prometido uma camisa do clube para a cantora, mas haviam se esquecido de levar o item. Assim, pediram o ‘manto’ de uma pessoa que estava na plateia e Lee rapidamente a vestiu. Esse episódio foi retratado no documentário “Democracia em Preto e Branco”, em relato do próprio Casagrande.

O comentarista e ídolo do Corinthians, aliás, já dedicou um gol para a cantora em sua carreira, e ele veio em grande estilo: na final do Campeonato Paulista, de 1982, quando o Timão bateu o São Paulo por 3 a 1 e levantou a taça, sendo especialmente o tento do título.

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A “padroeira da liberdade” também se envolveu em polêmica antes da construção da atual casa do Timão, a Neo Química Arena, projetada para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014, devido à sua localização, em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. “Há 65 anos sou ‘curíntia’ e não tem 1 filho da p* da p* aqui para me calar a boca, quero o melhor p o Timão. Os torcedores de m* q se f* (sic)”, havia cravado Rita Lee, sem papas na língua.