Norbert Haug, que comandou a Mercedes na F1, teceu duras críticas à Alemanha e à piora na relação do país com a elite do automobilismo, principalmente pela audiência
Redação Publicado em 02/01/2023, às 14h51 - Atualizado às 14h53
O ex-vice-presidente da Mercedes na F1, Norbert Haug, criticou as atuais circunstâncias da relação alemã com a elite do automobilismo. Na próxima temporada, o único representando do país europeu no grid será Nico Hulkenberg, que competirá pela Haas. Além disso, a Alemanha se encontra fora do calendário de GP’s desde 2020.
“Na Alemanha, Fórmula 1 virou uma tragédia que todo fã de esporte a motor deveria ter vergonha”, cravou Haug, em entrevista à emissora RND. “Entre 1994 e 2016, houve campeões mundiais como uma linha de montagem: sete títulos de Michael Schumacher, quatro consecutivos de Sebastian Vettel, e finalmente, o de Nico Rosberg em 2016”.
O ex-dirigente ainda completou: “Por uma década, no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000, tinham duas corridas de F1 na Alemanha, à frente de 100 mil espectadores. Na RTL, 12 milhões de pessoas assistiam, em vez das 3 milhões de hoje. Em 2010, eram sete pilotos alemães no grid. Hoje, Nico Hülkenberg ainda tem, na melhor das hipóteses, uma equipe de segunda categoria, e Mick Schumacher é um substituto promissor, mas ao menos na equipe certa”.
Toto Wolff, atual chefe da Mercedes na F1, abriu o jogo a respeito da Red Bull Racing e o nível de dificuldade que será imposto para superar a rival no próximo ano. O diretor enalteceu o desempenho da escuderia austríaca e declarou que não será fácil estabelecer uma boa competitividade entre ambas.
“Eu sempre vejo o copo meio cheio e observo os riscos”, cravou Wolff ao podcast “Beyond The Grid”. “Na verdade, se você tentar ser lógico, a Red Bull foi muito dominante ao longo da temporada, e também no final. Se não fosse, eles não teriam vencido 15 corridas. Vai ser muito difícil ter uma curva de desenvolvimento mais acentuada do que a deles e da Ferrari”.
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