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Lutas / MMA / ESPECIAL SPORTBUZZ!

Impressionante! Confira os lutadores que ficaram com sequelas depois dos combates

Esporte, que conta com muito contato físico, já deixou marcas irreparáveis nos atletas

Redação Publicado em 01/04/2021, às 10h38

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Evander Holyfield com a orelha que sofreu a mordida de Mike Tyson - GettyImages
Evander Holyfield com a orelha que sofreu a mordida de Mike Tyson - GettyImages

A profissão de lutador é certamente uma das mais complicadas do esporte. Nela, é necessário participar de programas de perda ou ganho de peso extremos para atingir determinada categoria, sem contar com as contusões e até mesmo as sequelas causadas por elas.

Por ser um esporte de muito contato, diversos lutadores saem do octógono ou do ringue machucados, na maioria das vezes até com bastante sangue pelo corpo. Em grande parte dos casos um pouco de água e gelo já é o suficiente, mas existem outros que convivem com eles até hoje.

Da mesma forma como um choque de cabeça durante uma disputa de bola aérea no futebol pode causar dano, imagina só um soco, que pode fazer um estrago ainda maior.

Diante disso, o SportBuzz mostra aqui alguns dos traumas mais comuns e fortes de lutadores que ficaram com sequelas depois dos combates e convivem com elas ainda hoje. Confira:

O clássico Evander Holyfield e Mike Tyson

Na segunda luta entre os dois, em 1997, Mike Tyson deu uma mordida em cada uma das orelhas do rival e acabou sendo desclassificado do combate que entrou para a história do boxe em junho daquele ano. 

Enquanto a orelha esquerda também foi mordiscada, a direita foi totalmente mutilada tendo um pequeno pedaço arrancado. Hoje, o ex-pugilista vive a vida normalmente, com apenas uma questão estética a se preocupar.

Já o pedaço de orelha foi encontrado alguns minutos depois do acontecido e levado até a equipe de Holyfield, que colocou o tecido de menos de dois centímetros no gelo na esperança de que uma cirurgia resolvesse o assunto.

No entanto, o cirurgião plástico foi procurar no balde de gelo o tal pedaço da orelha, mas não encontrou mais e o campeão teve que se contentar com as orelhas machucadas.

Renato Sobral, o Babalu

Em longa entrevista ao canal "Portal do Vale Tudo" no YouTube, o carioca revelou que não tem mais a visão do olho esquerdo, sofre problemas de equilíbrio e já sente sintomas de encefalopatia traumática, doença também conhecida como "Dementia pugilistica".

Segundo o veterano, todo o efeito dos anos de desgaste e violência contra o próprio corpo estão se mostrando agora.

"Ser atleta profissional é uma coisa complicada. O que aconteceu comigo foi um acontecimento em doses homeopáticas. Hoje em dia, o lutador aprende a lutar, aprende a fazer dinheiro, mas não aprende a administrar a vida dele. Eu não aprendi a administrar a minha vida, errei muito em várias coisas em relação a dinheiro, em relação ao que eu poderia ter feito em relação à minha carreira. Eu paguei um preço por estar onde eu estou. Eu não consigo mais hoje em dia andar em linha reta, eu perdi minha vista esquerda, e isso é um grande preço. Eu não tenho mais equilíbrio, meu equilíbrio é quase zero. Quando eu estou lutando, quando eu estou em campeonato de jiu-jitsu, parece que o meu equilíbrio até fica normal. (Mas) Em dia normal é bem complicado. Mas a galera que está entrando na luta e está aprendendo tem que saber que a fatura vai chegar uma hora. Para todo mundo. Hoje em dia as pessoas só contam os louros: o que conseguiu, o que aconteceu... Mas e o que você perdeu? O que deixou de acontecer com você?", questionou.

Ray Ciancaglini

O ex-boxeador americano, hoje um senhor de 68 anos que tem dificuldades em caminhar e balança as duas mãos para falar vagarosamente sofreu com as pancadas na cabeça desde cedo na carreira.

Ainda atleta, Ray começou a perder a memória e se deu conta de que sofria de problemas acarretados pelos seguidos impactos do boxe. Hoje, ele sofre de encefalopatia traumática crônica e ainda mostra os reflexos dos socos levados por anos.

"Qual foi sua pergunta mesmo?", Se confundiu Ray no meio de uma resposta em entrevista ao site "Globo Esporte".

"Um atleta quando sofre uma pancada no crânio precisa se recuperar. Porque, se sofrer outra no mesmo local, o dano cerebral pode virar permanente . Em alguns casos o cerebro incha. E o lutador acaba morrendo", contou.

Yoshihiro Takayama 

O ex-lutador do Pride ficou tetraplégico depois de sofrer uma lesão no evento DDT Pro-Wrestling Toyaka Games. O atleta ficou paralisado do pescoço para baixo depois de uma fratura em sua espinha cervical, que aconteceu durante um combate de telecatch e apontada como irreversível.

Os danos causados na orelha

Além disso, pegando por base a história de Holyfield Tyson, de alguns anos para cá, ficou ainda mais comum encontrarmos lutadores com a orelha deformada. Por conta do forte golpe que levam na região, a orelha, que é sensível e de certa forma maleável, incha com facilidade.

Por isso, é muito difícil encontrar um lutador hoje em dia que possui a orelha sem nenhum arranhão. Tem alguns, inclusive, que buscar esse resultado para serem reconhecidos como profissionais da luta.