Parte da torcida do Irã foi para a Copa do Mundo com o intuito de se manifestar contra problemas extracampo e o técnico da seleção não gostou nada; veja
Redação Publicado em 21/11/2022, às 14h37
A torcida do Irã protestou durante a derrota da equipe na Copa do Mundo, mas não foi por causa do 6 a 2 que o time levou no confronto diante da Inglaterra. Os iranianos foram ao Catar com o intuito de se manifestar contra uma série de restrições e violações praticadas contra o direito das mulheres no país. A onda de revolta da sociedade iraniana vinha se espalhando antes mesmo do mundial.
No entanto, Carlos Queiroz, técnico do Irã, foi contrário a manifestação política da torcida durante a Copa do Mundo. O português garantiu que essa postura interferiu diretamente no resultado do jogo. Ele esperava que os torcedores pudessem apoiar por completo o elenco e não protestar pelo direito das mulheres. A declaração do treinador iraniano gerou uma repercussão negativa nas redes sociais.
Já temos o 1º momento marcante da Copa! Torcida iraniana vaiou e os jogadores não cantaram o hino do Irã, em protesto ao regime autoritário no país e a repressão às mulheres.
— Pedro Moreno (@pedromoreno90_) November 21, 2022
Pra quem acha que política e esporte não se misturam, tá aí mais uma baita demonstração do contrário! pic.twitter.com/UPw5zCAZtR
Todos os iranianos são bem-vindos ao estádio. Eles têm o direito de criticar o time. Mas aqueles que causam perturbações por problemas fora do futebol não são bem-vindos", afirmou durante a entrevista coletiva após a goleada sofrida contra a Inglaterra.
De acordo com Carlos Queiroz, o Irã teve outras grandes campanhas na Copa do Mundo devido a sua torcida. Segundo o técnico, os torcedores foram essenciais para os recentes resultados em mundias: "Em 2014 e 2018, tivemos total apoio dos torcedores. Agora, vê o que aconteceu hoje...os fãs que não estão tão dispostos a torcer, deveriam ficar em casa".
Além disso, ele garantiu que os seus jogadores vão aparecer e falar sobre o tema num momento oportuno: "Não importa o que eles façam ou falem, todo mundo joga pelo povo, representam todo o povo, sem religião, sem cor. Então deixem eles jogar. Não significa que eles não têm opinião. Eles têm. No momento certo eles vão expor". O Irã volta a jogar novamente no próximo dia 25, contra País de Gales, às 7h (horário de Brasília).
