Gianni Infantino falou sobre o assunto, que veio á tona após episódios em jogos da Europa
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, veio à público comentar sobre os casos recentes de racismo na Europa e comentou sobre uma proibição global para quem cometer este ato.
Ele falou no meio de uma coletiva de imprensa na cidade de Daca, em Bangladesh. O jogo entre Inglaterra e Bulgária, que repercutiu mundialmente, foi um dos assuntos.
"Se são cometidos atos racistas contra os jogadores, devemos interromper a partida. Não podemos deixar que as pessoas racistas vençam. O futebol tem que continuar e nós temos que punir essas pessoas", disse o presidente da organização, em tom sério.
Ainda ele garantiu que, se em um país o torcedor é expulso por atos de racismo, a sanção será estendida para todo mundo, tornando a punição global.
Ele ainda contou que, com a quantidade de câmeras que existem hoje, é mais fácil o processo de identificação dos racistas e, com isso puní-los: "É preciso pegá-los, expulsá-los dos estádios, não deixá-los entrar mais e abrir processos judiciais contra eles".
ENTENDA O CASO
O jogo na última segunda-feira, 14, entre Inglaterra e Bulgária, pelas Eliminatórias da Eurocopa de 2020, foi marcado por atos de nazismo, vindo de parte da torcida da Bulgária.
Alguns torcedores, que vestiam preto, faziam saudações nazistas e proferiam palavras de ódio, principalmente para jogadores negros da Seleção Inglesa.
Blusas com escritas de exaltação aos hooligans, a torcida organizada da Inglaterra marcada pela violência também foram facilmente vistas na arquibancada.
A partida, seguindo a recomendação da FIFA, foi paralisada em duas oportunidades por causa dos gritos da torcida.
O porta-voz da FA - Federação Inglesa - emitiu um comunicado sobre o lamentável episódio: "A FA pode confirmar que jogadores da Inglaterra foram submetidos a abomináveis cânticos racistas enquanto jogavam pelas eliminatórias da Euro contra a Bulgária. Isso é inaceitável em qualquer nível do jogo e nosso foco imediato é apoiar os jogadores e staff envolvidos. Como nós infelizmente estamos cientes, esta não é a primeira vez que nossos jogadores são submetidos a esse nível de abuso e não há lugar para esse tipo de comportamento na sociedade, muito menos no futebol, e pediremos à Uefa para investigar com urgência.".