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Futebol / EITA!

Palmeiras se irrita com WTorre, move ação milionária, e Leila detona

Leila Pereira abriu o jogo sobre a relação do Palmeiras com a WTorre e não escondeu a insatisfação com a falta de pagamento; clube move ação de R$128 milhões

Leila Pereira desabafou sobre polêmica do Palmeiras com a WTorre - Cesar Greco / Palmeiras
Leila Pereira desabafou sobre polêmica do Palmeiras com a WTorre - Cesar Greco / Palmeiras

A relação entre Palmeiras e WTorre está desgastada. Leila Pereira revelou os bastidores de toda a polêmica entre o clube e a construtora. A presidente alviverde revelou que o time moveu uma ação de R$128 milhões na Justiça contra a Real Arenas. A instituição é um braço direito da empresa responsável pela construção do Allianz Parque e foi acusada pela dirigente por não repassar as receitas as quais o Verdão tem direito. 

Em entrevista para o "Globo Esporte", Leila Pereira contou que o Palmeiras não recebe nada da Real Arenas desde a temporada de 2015. A WTorre e sua parceira parecem estar tendo cada vez mais problemas e um profundo desgaste na relação. Desta forma, segundo a presidente alviverde, o negócio feito em torno da construção do Allianz Parque não foi positivo para o clube.

"A Real Arenas não paga ao Palmeiras há oito anos. Desde o fim de 2014, pagaram apenas sete meses do que o clube tem direito, de percentuais de receitas, como aluguel para shows, naming rights, restaurantes, cadeiras, camarotes. Quando falam que o Allianz é um case de muito sucesso, não é um case de sucesso. Seria, se pagassem o que devem", afirmou. 

"É mentirosa a alegação de que é um sucesso. É para eles, que ganham 100% das receitas, às custas de uma propriedade do Palmeiras. Até hoje, para o Palmeiras, foi um péssimo negócio financeiramente. Esportivamente somos muito fortes, jogamos em um bonito estádio, mas financeiramente, para o Palmeiras, não é um bom negócio", seguiu. Vale destacar que Palmeiras e WTorre possuem um contrato válido por 30 anos e que dá direito ao clube a porcentagens de lucro do Allianz Parque.

Palmeiras no Allianz Parque
Palmeiras e WTorre estão em colisão, e Leila revelou uma polêmica com construtora (Crédito: Reuters - AMANDA PEROBELLI)

No entanto, essa quantia não chega para o Palmeiras desde 2015. Sendo assim, o clube optou por abrir um inquérito para entender o que impede a empresa de realizar o pagamento desses R$128 milhões de reais. Leila Pereira quer evitar que qualquer prática criminosa esteja sendo colocada em jogo para que esses pagamentos não sejam efetuados. 

"É um contrato longo, a relação está pior porque a Real Arenas não paga o Palmeiras, não cumpre o que está previsto no contrato. É só isso. Não é que não tenha bom relacionamento com eles, é um relacionamento de credor e devedor, como temos milhares no país. Eles precisam cumprir o contrato. Não é um case de sucesso. Eles não cumprem o determinado no contrato", continuou antes de demonstrar um receio de uma possível retaliação da WTorre em relação a ação milionária.

"A execução que o Palmeiras está movendo é de um valor incontroverso, que eles mesmo dizem que é devido. Isto está tramitando na Justiça Comum, há outros assuntos na Câmara de Arbitragem que correm com confidencialidade e me causa estranheza, pois eles estão abordando estes temas. A dívida de R$ 128 milhões é pública, e tenho muito receio, sim, de que tenha algum tipo de retaliação que vá prejudicar o Palmeiras. Mas havendo, eu vou tornar isto público. Chega", completou. 

WTorre respondeu a presidente do Palmeiras; confira nota oficial!

"A WTorre esteve em negociações com o Palmeiras por dois anos e acreditava que tudo seria resolvido em um acordo benéfico para todas as partes, inclusive para o torcedor. Havia um acordo feito e, injustificadamente, a presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras (SEP), Leila Pereira, desistiu e não tivemos nenhuma devolutiva sobre o motivo do rompimento das negociações

Do nosso lado permanece a vontade de diálogo, de reunir, entender os problemas dos dois lados e buscar um acordo que retome o clima de parceria e construção, que sempre marcou a nossa gestão do Allianz Parque. Estamos disponíveis ao diálogo com a direção da SEP, pois nosso objetivo é seguir trabalhando e oferecer o melhor para os torcedores, associados e clientes que frequentam o Allianz Parque.

A Real Arenas sempre respeitou a SEP e segue trabalhando para manter o Allianz Parque como a melhor arena de esportes e eventos. Temos orgulho de nosso trabalho na gestão do Allianz Parque, que é a casa dos palmeirenses.

O calendário de shows que acontecem no Allianz Parque e remanejam as partidas da SEP para outros estádios segue à média dos anos anteriores. Até momento, apenas 2 jogos da SEP aconteceram fora da arena: Santos, pelo Campeonato Paulista e Cerro Porteño, pela Libertadores da América.

Até o fim de 2023, seguindo o calendário restante de jogos, teremos mais 4 jogos fora do Allianz Parque: Atlético-MG, Athletico, Internacional e América-MG, encerrando o ano com 6 jogos fora da arena, média igual ao histórico dos anos anteriores, como pode ser conferido na lista abaixo", escreveu em nota para o "Globo Esporte".