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Futebol / COMPLICOU!

Palmeiras fecha mês com dívida de R$33 milhões; saiba mais!

Clube alviverde falou sobre a grave situação financeira

SportBuzz Digital Publicado em 01/10/2019, às 12h00

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Alexandre Mattos, Maurício Gagliotte e Mano Menezes - (Crédito: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)
Alexandre Mattos, Maurício Gagliotte e Mano Menezes - (Crédito: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)

De acordo com informações veiculadas pelo Globo Esporte, o Palmeiras fechou o mês de agosto com um resultado negativo financeiramente.

Uma análise minuciosa de Rodrigo Capelo, jornalista especializado em negócios dentro do esporte, apurou que houve um prejuízo avaliado em R$33 milhões.

Segundo o profissional, a situação é fácil de contornar, porém, não inibe riscos no longo prazo.

A explicação dada pela diretoria é de que a diferença entre o caixa (aquilo que entra e sai efetivamente da conta bancária) e as demonstrações contábeis (afetadas por registros importantes do ponto de vista da contabilidade, nem tanto na prática) ocasionam diversos valores quebrados, que formam este prejuízo parcial.

Dentro destes 33 milhões de reais, a diretoria do Alviverde do Palestra Itália apresentou valores referentes aos seguintes setores: Processos trabalhistas e cíveis; Direitos Internacionais e de Placas na Beira do Campo e Bilheterias abaixo do orçado, o que já chega em R$25 milhões.

A diferença de R$8 milhões está em Patrocínios Incentivados; Despesas Financeiras e Variação Cambial.

Confira detalhadamente os tópicos citados a cima:

• R$ 10 milhões correspondem a processos trabalhistas e cíveis. O Palmeiras fez acordos, sendo o maior deles envolvendo o ex-jogador Lincoln. O reconhecimento desta dívida precisa ser incluído como despesa, mas ela não precisou ser paga durante este período. Esta é a diferença mais clara entre efeito caixa e registro contábil;
• R$ 3 milhões correspondem a variação cambial. Isso aconteceu porque o Palmeiras fez contratações em moeda estrangeira enquanto a moeda brasileira, o real, estava em determinada cotação. Na hora de pagar, o real se desvalorizou em relação às moedas estrangeiras, e o clube precisou desembolsar mais do que previa;
• R$ 2 milhões correspondem a despesas financeiras em remessas de recursos para o exterior para a aquisição de jogadores. Sobretudo em taxas como IOF (imposto sobre operações financeiras);
• R$ 3 milhões correspondem a patrocínios incentivados que ficaram abaixo do orçado. O mecanismo é a Lei de Incentivo ao Esporte, um programa federal que dá benefícios a empresas que patrocinam determinados projetos. O Palmeiras esperava arrecadar mais do que efetivamente conseguiu, e isso o atrapalhou;
• R$ 9 milhões correspondem a direitos internacionais e de placas na beira do campo, receitas que tinham sido orçadas, mas não foram realizadas. Um problema comum a outros clubes da primeira divisão;
• R$ 6 milhões correspondem a bilheterias abaixo do orçado. O Palmeiras arrecadou menos dinheiro do que esperava com a venda de ingressos, principalmente porque teve uma média de público menor do que contava e também porque jogou certas partidas no Pacaembu, onde a renda líquida é inferior à obtida no Allianz Parque.