"La Pulga" analisou tudo o que aconteceu na última Copa do Mundo no Catar, onde a Seleção Argentina conseguiu erguer o tão esperado troféu pelas mãos do camisa 10
Redação Publicado em 30/01/2023, às 14h57
Lionel Messi quebrou o silêncio e falou pela primeira vez como campeão mundial em entrevista exclusiva para a rádio com Andy Kusnetzoff. O retrospecto do Mundial no Catar, as experiências dele e de seus companheiros e a loucura das festividades depois de se proclamar Campeão do Mundo.
“Desde o dia 18 de dezembro isso mudou a minha vida e a de todos. Felizmente aconteceu o que tanto sonhamos e o que eu desejei ao longo de toda a minha carreira, e aconteceu perto do fim”, disse La Pulga. “É difícil explicar o que eu sinto nesse momento. Muitas coisas passam pela cabeça”.
“É como se você estivesse curtindo aquele momento, sem conseguir acreditar que finalmente conseguimos. É muito difícil explicar o que se sente nesse momento. É um pouco assim, dizer: ‘Pronto, acabou, consegui tudo com a Seleção’. Nunca mais vi a final. Vi vídeos, fragmentos do jogo, mas fiquei com os festejos do povo, mas não vi a final inteira”, confessou.
Sobre o beijo da Copa: “Vi ela ali e não pude deixar de beijá-la. A Copa me chamou, falou 'vem, me agarra'. Eu a vi ali, brilhando e se destacando naquele estádio lindo".
"A coisa do Topo Gigio saiu no momento. Alguns dos meus companheiros de equipe me disseram de propósito: 'Você viu o que Van Gaal disse?'. Não gostei do meu gesto nem do "vai lá, bobo", mas são coisas que saem no momento. Foi natural, muita coisa aconteceu com o Weghorst. Foram momentos de tensão, de atrito, de cruzes, de quentura com o árbitro", declarou.
"Eu sempre falo com Román [Riquelme] e ele, sempre que fala de mim, me enche de elogios, temos um bom relacionamento. Sempre falava com ele depois dos jogos. Ele também teve alguns encontros com Van Gaal em Barcelona e discutimos isso", revelou.
“Na verdade, não me lembro bem. Mas acho que estava falando com o 'Cachete' ("Bochecha", em tradução livre), que ia chutar, que ele metesse pra dentro, que não fizesse a gente sofrer mais. Eu acho que era por aí. Pedi a Deus, como foi em toda a minha vida, sempre em tudo”.
"Ficamos muito surpresos com as pessoas. Pensamos que não iríamos ver tanta gente de madrugada. Dormi muito pouco e no dia seguinte liguei a TV e já tinha gente no Obelisco e falavam sobre o que ia ser. Foi aí que eu percebi que ia ser uma loucura, que ia ser difícil a gente seguir em frente com o grupo e bom, foi um pouco isso que aconteceu”.
"Estar em cima daquele ônibus foi uma loucura, ver a felicidade dos adultos, das crianças, de todas as idades, dava para ver na cara deles. O melhor de tudo foi o comportamento das pessoas, eram cinco milhões de pessoas e não acontecia nada. Tinha gente estourando, alguém que queria se jogar dentro do ônibus (risos)”.
“No entanto, ainda estou olhando as comemorações das pessoas, as nossas, dentro de campo, e ainda estou me emocionando. Não queria ser a foto mais curtida, não tinha pensado nisso. Mas isso também está aí, mostra o que as pessoas queriam, me ver com aquela Copa e aquela foto, que chegou às pessoas. Posso ler muito pouco do que comentam para mim, o Instagram acaba bloqueando”.
"Gostaria que ele tivesse me entregado a Copa, pelo menos para ele ver tudo isso. Com o que ele amava da Seleção e com o que ele gostava de todas essas coisas. Senti sua respiração lá de cima, como a de muitas pessoas que me amam, isso deu muita força. A música dos 'Muchachos' foi um 'boom' para o mundo inteiro".
"A comissão técnica é espetacular. São ex-jogadores que passaram por tudo isso que a gente passou. Eles souberam conduzir em todos os momentos, tiveram experiência em Copas do Mundo. Em todos os momentos eles sabiam o que tinham que dizer ou fazer”.
Depois de ser questionado sobre o que diria ao Messi criança, La Pulga respondeu: "Que algo extraordinário o espera ... Que ele nunca desista de seu sonho porque no final terá sua recompensa e terá um final feliz, como se fosse em um filme”.
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