Atacante campeã do mundo ao lado da Espanha, Jenni Hermoso pede “medidas exemplares” contra Luis Rubiales, presidente da Federação Espanhola, após beijo inapropriado na Copa do Mundo Feminina
Nesta quarta-feira, 23, a atacante espanhola Jenni Hermoso se pronunciou oficialmente sobre o beijo inapropriado que recebeu de Luis Rubiales, presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, que aconteceu durante a celebração e premiação do título da Copa do Mundo Feminina, conquistada pela Espanha.
Através de sua agência e seu sindicato, a atacante pediu “medidas exemplares” e que os protocolos necessários sejam implementados pela RFEF. No primeiro momento, enquanto ainda estava no vestiário, Jenni Hermoso foi vista afirmando que não gostou da atitude do presidente da federação, mas que não tinha o que fazer. Agora, a jogadora formaliza que não foi uma brincadeira consensual entre os dois.
“Em decorrência dos acontecimentos durante a final da Copa do Mundo Feminina da FIFA, envolvendo o presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Luis Manuel Rubiales Béjar, nossa afiliada, Jennifer Hermoso, deseja declarar o seguinte: O meu sindicato FUTPRO, em coordenação com a minha agência TMJ, encarregam-se de defender os meus interesses e ser os interlocutores nesta matéria”, começou a nota de Jenni Hermoso.
O FUTPRO é o principal sindicato da Liga F, a elite do futebol feminino espanhol, e vai se reunir com a ministra interina do trabalho e economia social, Yolanda Díaz, para discutir o acontecido.
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"Da nossa associação, pedimos à RFEF que implemente os protocolos necessários, garanta os direitos das nossas jogadoras e adote medidas exemplares. É fundamental que a nossa equipe, atual campeã do mundo, seja sempre representada por figuras que projetem valores de igualdade e respeito em todas as áreas. É preciso continuar avançando na luta pela igualdade, luta que nossas jogadoras têm travado com determinação, levando-nos à posição em que nos encontramos hoje. Apelamos ainda ao Conselho Superior do Desporto para que, no âmbito das suas competências, apoie e promova ativamente a prevenção e intervenção face ao assédio ou abuso sexual, machismo e sexismo”, continuou.
“A FUTPRO repudia qualquer atitude ou conduta que viole os direitos dos jogadores de futebol e do sindicato que trabalhamos para que atos como os que vimos nunca fiquem impunes, sejam sancionados e sejam adotadas as medidas pertinentes para proteger os jogadores de futebol de ações que acreditamos são inaceitáveis”, concluiu a jogadora.
