Ídolo brasileiro completa 40 anos de vida neste sábado, 21, e receberá homenagem dos presos na cadeia paraguaia
Guilherme Assumpção Publicado em 21/03/2020, às 10h11
Neste sábado, 21, o craque Ronaldinho Gaúcho completa 40 anos de vida em uma cadeia do Paraguai. Certamente, este não era o destino que o brasileiro esperava para comemorar esta data tão especial. Porém, devido à problemas com sua documentação e de seu irmão, Assis, o ex-jogador foi detido no país vizinho.
O fato da prisão de Ronaldinho foi bastante lamentado por Sebastião Lazaroni, ex-treinador, e que acompanhou os primeiros passos do ídolo no Grêmio, quando ainda estava nas categorias de base do Tricolor. Segundo ele, o acontecimento deve servir de aprendizado para outros jogadores de futebol.
“Isso pode ser um alerta para outros jogadores. Acho que muitas vezes o atleta é cercado por pessoas que querem tirar proveito. Porque o jogador tem a popularidade, tem o reconhecimento público, a boa condição financeira. E aí as pessoas se aproximam apresentando propostas mirabolantes. Eu quero crer, até que se prove o contrário, que ele talvez tenha sido envolvido em algo, que tenha acreditado que essa identidade paraguaia era algo honorário, o que mostraria uma dose de infantilidade fora de campo da parte dele”, disse Lazaroni em entrevista ao jornal Extra.
O ex-treinador da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1990 ainda comentou as “más companhias” que Ronaldinho teria. Lazaroni avaliou que os problemas extracampo prejudicaram a sequência de R10 dentro de campo.
“Às vezes são as más companhias e algumas decisões erradas em termos de profissionalismo. O talento era abundante. Mas as histórias contadas tornam tudo muito claro, histórias de o jogador chegar em mau estado para os treinamentos, por exemplo. Foi isso que encurtou sua carreira”, criticou.
No entanto, Lazaroni também relembrou o início de carreira do ex-meia. De acordo com ele, era perceptível a capacidade de decisão no garoto e a incrível personalidade que Ronaldinho assumiu no profissional do Grêmio.
“Ele com a bola era como um gato brincando com um novelo de lã. Dentro de campo, ele sempre foi muito confiante, percebemos a personalidade dele para assumir a responsabilidade no profissional. Fora, naquela época ele entrou no bolo de outros jogadores muito maduros. Isso pode ter influenciado negativamente”, finalizou.
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Ronaldinho Gaúcho 
