Técnico não deve permanecer na equipe após mais uma derrota no Campeonato Brasileiro
Guilherme Assumpção Publicado em 29/11/2019, às 08h06
Após a derrota sofrida pelo Cruzeiro na noite da última quinta-feira, 28, o treinador Abel Braga colocou seu cargo à disposição da diretoria e não deve comandar a equipe nas rodadas restantes do Brasileirão. A equipe mineira foi derrotada pelo CSA, no Mineirão, com o placar de 1 a 0 e viu sua situação ficar ainda mais complicada na tabela.
A primeira notícia da entrega do cargo foi dada pelo jornalista Héverton Guimarães, da Band Minas e 98 FM. A saída de Abel é dada como certa dentro do clube e o anúncio oficial deve ser feito na tarde desta sexta-feira, 28. O momento da equipe mineira não é dos melhores e o time corre para se esforçar e evitar o primeiro rebaixamento de sua história.
Depois da derrota para o CSA, Abel Braga não concedeu entrevista coletiva e preferiu não comentar a fase vivida pelo Cruzeiro. Valdir Barbosa, diretor de comunicação da Raposa, veio a público para explicar a decisão do treinador e negou a entrega do cargo.
“Não, não houve essa conversa. O Abel está bastante tenso e preferiu não se pronunciar hoje. Como vocês (jornalistas) estão percebendo, e têm até reclamado, que as entrevistas estão bastante cansativas... O Abel perdeu, como ele disse, "como eu vou explicar? Vou dizer o quê num momento como esse?”. Então, ele prefere que amanhã possa fazer uma declaração de uma forma mais tranquila, já com a cabeça um pouco mais fria. Então, é melhor que a gente trabalhe assim”, revelou Valdir em entrevista coletiva.
O diretor de comunicação também explicou a presença de dirigentes no vestiário da equipe. De acordo com Valdir, esta é uma prática comum no clube.
“O presidente Wagner Pires de Sá estava no estádio, o gestor de futebol Zezé Perrella também estava no estádio. Eles foram ao vestiário antes do jogo, e após o jogo não. Eles sempre vão. Talvez até por essa questão desse tumulto que está tendo no estádio. Não sei se hoje atingiu o hall principal também, mas sempre atinge. A segurança está um pouco duvidosa aqui no Mineirão, haja visto os problemas que aconteceram no clássico, com invasão de camarote, invasão do setor de imprensa, invasão do hall principal. Eles não foram (ao vestiário após o jogo), apenas mantiveram contato por telefone, dando ciência daquilo que está acontecendo. Estão extremamente preocupados. Amanhã, a partir das 9h está todo mundo outra vez de pé, já cada um em seus postos na sede e também na Toca, e qualquer decisão que houver será num sentido mais tranquilo, com a cabeça mais fria”, afirmou.
Com a possível mudança no cargo, o Cruzeiro já pensa no substituto para comandar o time nas últimas rodadas. Trata-se de Adílson Batista, ex-treinador do Ceará. Com passagens na Toca da Raposa, o técnico deve ser o escolhido para assumir o clube.
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