O lixo produzido no estádio de Wembley, após a final da Eurocopa entre Itália e Inglaterra, em 2021 - Foto: reprodução/ Getty Images

O futebol contribui para a crise climática

Confira como o futebol europeu afeta o efeito estufa e as iniciativas necessárias para a melhoria do clima mundial. Além da Fifa não cumprir suas promessas de sustentabilidade

Beatriz Beyrute, sob supervisão de Gabriella Vivere Publicado em 01/12/2023, às 14h22

A preocupação com a emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa preocupam a comunidade internacional e o futebol está contribuindo para o processo da crise climática. A emissão desses gases pode subir até 30% durante a próxima temporada de jogos.
O futebol é o esporte mais popularizado do mundo, sendo também o que mais movimenta dinheiro, e contribui todos os anos entre 0,8% e 0,9% das emissões de gases do efeito estufa do planeta, segundo fontes do ge.

Os dados não são promissores, e a tendência é que a crise climática só piore. Claire Pool, é fundadora e CEO da Sport Positive, que atuam ajudando a comunidade do esporte a aumentar suas ambições climáticas, e comentou: “Como podemos falar sobre sustentabilidade ambiental com credibilidade, e reduzir o nosso impacto, se estamos crescendo? Há muita coisa positiva no futebol. Mas quando você pergunta se é o suficiente, a escala necessária não está lá. Queremos que as pessoas tenham esperança. Mas temos que instalar urgência. Não temos mais tempo”.

A fundação "We Play Green", de Morten Thorsby, criou um programa que distribui informações para jogadores sobre a crise do clima e auxilia aqueles que desejam se posicionar sobre o assunto. A iniciativa também tem o plano de desenvolver projetos de reflorestamento e proteção da natureza no Brasil. “O futebol é o mais poderoso e o mais seguido esporte no planeta, e os jogadores são líderes. Mais de 5 bilhões de pessoas assistiram a última Copa. Mobilizar a família global do futebol é importante porque atinge mais da metade do planeta. O futebol é poderoso não só pela sua audiência, mas porque conecta pessoas apesar das diferenças geográficas, culturais e sociais” diz Morten.

Outras iniciativas foram criadas para ajudar na sustentabilidade do futebol europeu. A Fifa ainda não respondeu se vai participar da atual Conferência das Partes (COP), encontro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em Dubai. E não explicou em detalhes como vai cumprir a promessa de reduzir suas emissões de carbono em 50% até 2030 e zerá-las até 2040. Quando questionada sobre o compromisso de publicar a cada dois anos um relatório de suas ações pelo clima e o progresso do mundo do futebol, não deu uma devolutiva.

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