Treinador português revela que as questões familiares não foram as únicas motivações que o fizeram deixar o Timão; depois de sair, Vítor Pereira foi técnico do Flamengo
Dez meses depois de sua saída do Corinthians, o treinador português Vítor Pereira segue recebendo inúmeras perguntas sobre o tempo que passou no Timão. Nesta terça-feira, 12, durante uma entrevista ao podcast Ataque Rápido, o técnico revelou o real motivo que o fez deixar o clube paulista àquela altura.
Segundo o português, essencialmente, o que realmente o fez deixar o Corinthians foi a falta de dinheiro e de projeto esportivo. Em seguida, Vítor ainda ironizou as críticas feitas a ele pelo presidente do Timão, Duílio Monteiro Alves, que anteriormente havia se referido ao treinador como um “irmão”.
“Custou muito sair do Corinthians, mas senti que tinha que sair. Não tinha possibilidade de construir aquilo que queria. Ouvir seu nome cantado no estádio em quase todos os jogos, em um treino aberto... ali no Corinthians eu me senti corintiano, que era mais um da família. Mas também senti que não havia projeto absolutamente nenhum, fazer melhor do que aquilo que fizemos era impossível. Essencialmente o problema era falta de dinheiro, acredito que eles façam o melhor possível. Apesar do que diz o Duilio e alguns jogadores... enquanto estava lá era irmão, depois que saí virei um delinquente”, afirmou o treinador.
Ainda de acordo com Vítor Pereira, as ressalvas à estrutura do clube não foram expostas inicialmente pelo treinador em respeito aos funcionários do Timão. Até por isso, publicamente, as questões familiares do treinador surgiram quando optou em deixar o time da capital paulista.
“Em conversa entre a comissão, decidimos ir embora do Brasil. Ter um tempo em casa para estudar, refletir e melhorar. E eu me despeço do Corinthians dessa forma, por razões familiares. E por gostar muito das pessoas, não quis apontar que, sinceramente, não vejo um projeto ganhador, capaz de valorizar o clube acima do que tínhamos feito. Por razões familiares, em uma conversa pessoal, de amigo com o presidente, falei que precisava voltar para casa”, concluiu.
