Em parceria com a Microsoft, o Valencia desenvolveu mecanismos para aumentar o número de torcedores no estádio e a satisfação do público
Redação Publicado em 30/09/2022, às 17h46
O Valencia, da Espanha, encontrou uma alternativa fora do comum para aumentar o número de torcedores dentro de seu estádio, o Mestalla. Graças a acordo com a Microsoft, gigante empresa de tecnologia, o clube valenciano aumentou em 20% a quantidade de pessoas que assistem a seus jogos.
Isso se deu por um algoritmo de previsão implantado para avaliar a probabilidade de presença futura dos torcedores nos jogos, com base em seu histórico. O Valencia identificou um grupo de adeptos que assistia com frequência aos jogos, mas acabou perdendo alguns em sequência, como dois jogos consecutivos. O clube integrou e unificou todas as fontes de dados da equipe, criando experiências personalizadas para seus torcedores.
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Em fontes como planilhas de vendas, bancos de dados relacionais, registros de presença e tendência de concessão, as informações foram encontradas e coletadas. Também foi desenvolvido um aplicativo que possibilita que os torcedores possam pedir bebidas e comidas de seus assentos, o que ajuda na redução de filas, aumento da receita de vendas e satisfação dos consumidores.
Franco Segarra, responsável pela inovação, explicou: “Procuramos colocar o torcedor no centro da equação em tudo o que fazemos .Esse é apenas um exemplo de como estamos otimizando experiências com informação. Está comprovado que uma vez que você estuda diferentes tipos de dados, você pode entender melhor as pessoas”.
O Valencia também pretende encontrar formas de recompensar e reconhecer a fidelidade de seus torcedores, continuar procurando alternativas para responder às suas necessidades e satisfazê-los. “Tudo isso é possível porque agora sabemos mais sobre os torcedores e sua experiência”, disse Segarra.
Bruno Maia, especialista em inovação e novas tecnologias do esporte e entretenimento, explicou: “O modelo de fancentricity vem sendo desenvolvido há pelo menos oito anos em clubes na Europa com mais ênfase. A parceria de clubes como o Valência com a Microsoft também se reflete em outros na Europa, como o Hoffenheim com a SAP. A IBM iniciou um programa do tipo com o Corinthians anos atrás. É um caminho que deve crescer no país com a chegada das SAFs e uma maior preocupação em maximizar as receitas naquele segmento de torcedores mais capazes de consumir em volume e também em recorrência”.
