Às vésperas da Copa do Mundo feminina, a seleção francesa demitiu a treinadora Corinne Diacre, escancarando ainda mais os problemas da equipe com a federação
Redação Publicado em 09/03/2023, às 14h27
Há pouco mais de quatro meses para a abertura da Copa do Mundo feminina, a seleção da França vive um momento conturbado e teve mais uma baixa. Desta vez, a treinadora Corinne Diacre foi demitida. Após alguns problemas com atletas e a desistência do Mundial de três jogadoras, a federação francesa decidiu que a demissão seria o caminho certo.
"As inúmeras audições realizadas permitiram constatar uma divisão muito significativa com as jogadoras e evidenciaram uma discrepância com as exigências do altíssimo nível. Este rompimento chegou a um ponto sem volta que prejudica os interesses da seleção. A Federação Francesa de Futebol reconhece o envolvimento e a seriedade de Corinne Deacon e do seu staff no exercício da sua missão", disse a FFF, em nota oficial.
Sendo assim, a França vive um momento terrível de indecisão, sem saber se mais jogadoras irão desistir da Copa do Mundo e nem quem irá comandá-las. Visando resolver esse problema da forma mais rápida possível, um grupo de trabalho será formado para definir a(o) substituta(o) para o cargo.
Mesmo sem nenhuma citação explícita, já é de conhecimento geral que Diacre não tinha bons relacionamentos no vestiário da seleção francesa. Com seis anos de trabalho, a treinadora acumulou algumas desavenças e problemas com jogadoras importantes do elenco, como a volante Amandine Henry, a goleira Sarah Bouhaddi e a atacante Eugenie Le Sommer.
Recentemente, três jogadoras anunciaram a saída da equipe nacional: Marie-Antoinette Katoto, Kadidiatou Diani e Wendie Renard. A última é uma das atletas mais importantes do futebol feminino mundial, sendo capitã da seleção da França, mas decidiu deixar de disputar o Mundial por não concordar com o “sistema atual”, o tratamento que as atletas vêm recebendo da federação.
