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Futebol / ALINHADOS!

Presidentes de Corinthians, Palmeiras e São Paulo alinham discurso sobre retorno do futebol

Os dirigentes de ambos os clubes paulistas se mostraram contra a volta do esporte durante a pandemia

Lucas Miluzzi Publicado em 26/05/2020, às 17h31 - Atualizado às 18h13

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Andrés Sanchez publicou uma carta se posicionando contra a volta do futebol no Brasil - Gero Rodrigues/Ofotográfico/Folhapress
Andrés Sanchez publicou uma carta se posicionando contra a volta do futebol no Brasil - Gero Rodrigues/Ofotográfico/Folhapress

Nesta terça-feira, 26, Andrés Sanchez publicou uma carta aberta e afirmou que é contra o retorno do futebol no país. Em seguida, ele se reuniu com os presidentes de São Paulo e Palmeiras, onde ambos também decidiram apoiar a opinião do dirigente alvinegro

A reunião entre os comandantes das equipes paulistas ocorreu virtualmente e todos deixaram claro que só vão retornar, caso os responsáveis pela saúde liberem o retorno das atividades. Enquanto isso não ocorrer, os respectivos elencos vão continuar treinando e cumprindo a quarentena em casa. 

Outro ponto discutido por Andrés Sanchez, Mauricio Galiotte e Leco foi a possibilidade da realização de testes contra a Covid-19. Em relação a isso, ficou definido que os três vão realizar esses exames no mesmo dia. 

Galiotte ainda afirmou que "o Palmeiras não vai falar em datas. Vidas são mais importantes” e ganhou o apoio de Leco com esse discurso. Os três presidentes optaram por um alinhamento para facilitar o diálogo entre eles, a Federação Paulista de Futebol e a Confederação Brasileira de Futebol. 

Veja a carta aberta divulgada por Andrés Sanchez, presidente do Corinthians: 

"Depois de 23 mil mortes causadas pela Covid-19, todo debate é menor. Por isso, em nome do Corinthians, manifesto antes nossa solidariedade a cada brasileiro afetado por doença, luto, ou prejuízo profissional. Tudo isso importa.

E é legítimo que o futebol – como qualquer setor – procure saídas junto ao governo federal e a seus respectivos estados, prefeituras e federações, a fim de impedir um aprofundamento da crise na atividade. É preocupante, porém, que o Brasil viva um cenário muito diferente daqueles países que retomam suas ligas.

A queda de receitas já obrigou muitos clubes a executar cortes e demissões. O Corinthians tem adotado medidas de austeridade, como a redução temporária de salários e jornada, apoiada na MP 936. Fazemos e refazemos as contas diariamente, mas somos realistas: trata-se da pior epidemia no país nos últimos 100 anos, e nenhuma atividade econômica sairá dessa sem transformações inevitáveis.

No Corinthians, não será diferente. O que não muda é o nosso compromisso com um futebol forte como carro-chefe e a parte social como tradição, e é para isso que estamos trabalhando. Como também vemos o clube como um veículo capaz de impactar mais de 30 milhões de torcedores via mídias digitais, levamos informação útil e iniciativas solidárias, com o sonho de terminar a pandemia sem nenhum torcedor a menos.

Somos testemunhas dos elogiáveis esforços da CBF, da Federação Paulista de Futebol e de outros clubes. Mas é preciso repensar, de forma ampla, o papel do futebol e sua influência nesse jogo.

Na Alemanha, houve diálogo intenso entre todos os agentes políticos e esportivos, e um princípio foi claro para a Bundesliga: o futebol não pode se antecipar ao controle da pandemia. Quando a sociedade confiou no sucesso do combate alinhado entre governo e estados alemães, a Bundesliga finalmente retomou seus jogos em sincronia, no último dia 16. Houve responsabilidade com seu produto, seus astros e seu público.

O futebol brasileiro, porém, caminha para outra direção.

Se o combate ao vírus não tem alinhamentos entre os governos, no futebol as reações estão ainda mais fragmentadas. Com decisões facultadas aos Estaduais, criam-se ruídos. O futebol perde muito como produto quando transmite que, para a bola rolar, basta decidir qual clube está mais pronto, ou qual estado está mais disposto a riscos, enquanto se somam mais de mil óbitos por dia.

Em 2020, a Série A tem 20 clubes de nove estados, cada um com panoramas distintos da doença. Isso pede um trabalho mais coordenado entre governos, clubes e federações. Num esporte coletivo, não dá para jogar sozinho.

Sem isso, qualquer retorno apenas adiará a próxima pausa forçada, em que os clubes vão, de novo, agonizar. Como negócio sustentável, o futebol só poderá voltar depois de uma articulação eficiente, focada tanto no bem-estar das pessoas quanto na segurança da Saúde nos estados envolvidos."


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