Em ação movida contra ele, Neymar fez questão de estar no local para possíveis esclarecimentos, mas foi liberado pelo juiz e voltou para Paris
Redação Publicado em 17/10/2022, às 08h20 - Atualizado às 09h17
Nesta segunda-feira, 17, o atacante Neymar saiu dos gramados e foi direto para o tribunal. Em ação movida pela empresa DIS e pelo Ministério Público da Espanha, o craque do PSG precisou estar presente no local para acompanhar o primeiro dia de julgamento. No entanto, o juiz decidiu liberar o camisa dez, que voltou para Paris rapidamente.
De acordo com as informações do site "GE", os advogados de Neymar pediram que o jogador fosse liberado pelo juiz. Na alegação, a defesa argumentou que o craque havia tido pouco tempo de recuperação após o último jogo pelo PSG e, por isso, deveria ser dispensado. Com bom humor, o magistrado aceitou o pedido e brincou com o atleta.
Eu gosto muito de futebol, sei que o senhor Neymar Júnior ontem estava em campo pelo PSG contra o Olympique de Marselha. Sei que estava fazendo seu trabalho e marcando um gol. Portanto, está dispensado e seus advogados saberão quando ele tem que voltar", disse o juiz.
No momento em que foi informado, Neymar deu leve risada e deixou o tribunal acompanhado por alguns seguranças. Na chegada ao local, o craque brasileiro se mostrou bastante tranquilo e acenou para os fotógrafos presentes. Ao lado do filho, Nadine e Neymar estiveram presentes no julgamento, visto que também são acusados.
Depois do primeiro dia de análise da ação, Neymar ainda vai ter que aguardar até o fim do mês para saber o resultado final. Isso porque o julgamento deve durar até o dia 31 de outubro. Após a liberação nesta segunda-feira, 17, o atacante voltou para Paris, mas vai ser chamado novamente, visto que precisa depor diante do magistrado.
Neymar está sendo julgado por acusações de suposta fraude e corrupção por sua transferência do Santos para o Barcelona, em 2013, e o autor, a empresa brasileira de investimentos DIS, pediu uma sentença de cinco anos de prisão. A ameaça de ficar fora da Copa do Mundo foi descartada pela assessoria do jogador.
Junto com o atacante do PSG, os réus no julgamento liderado pelo Ministério Público espanhol, que começou nesta segunda-feira, 17, em Barcelona, são seus pais, os dois clubes, os ex-presidentes da entidade espanhola, Josep Maria Bartomeu e Sandro Rosell e o ex-presidente do Santos, Odilio Rodrigues. Todos estiveram presentes no julgamento.
Segundo o advogado criminalista e Professor Doutor da FGV, Davi Tangerino, o vetor que mais interessa nesse julgamento é que o crime tem que ser punível no Brasil. É esse fato que falta no caso envolvendo Neymar Jr. O crime de corrupção privada, simplesmente não existe no Brasil e na Espanha só foi aprovado em 2014.
"O Brasil não criminaliza corrupção entre particulares. Não é possível aplicar a lei brasileira a um fato espanhol, porque a lei brasileira criminalizando a corrupção privada não existe e, embora exista o crime de corrupção privada na Espanha, como nós não temos essa previsão idêntica no Brasil, é impossível a sua aplicação no território nacional", alegou Davi Tangerino, advogado de Neymar.
Neymar Jr. 
