Clube carioca lutou até o fim para conseguir jogar no Maracanã contra o Atlético Mineiro neste próximo domingo, 20, e desembargador acata mandado de segurança
Henrique Cesar Mello Publicado em 17/08/2023, às 21h23
Nesta quinta-feira, 17, a Justiça do Rio de Janeiro aceitou o recurso do Vasco para que o jogo contra o Atlético Mineiro do próximo domingo, 20, seja realizado às 11h (horário de Brasília), no Maracanã. Após longa disputa contra o Fluminense, o Cruzmaltino consegue a liberação para atuar no Estádio Jornalista Mário Filho.
O departamento jurídico do Vasco apresentou um recurso nesta quinta-feira para tentar reformar a decisão que impediu o clube de realizar a partida no estádio. Em sua decisão, o relator Nagib Slabi Filho citou que o Maracanã é um bem público de todos.
“O Maracanã é muito mais que propriedade pública, no caso cedida, temporariamente, a dois grandes clubes de futebol. É imóvel de propriedade social, não só do povo carioca, mas de todos os brasileiros, aficionados ou não do futebol. Está no imaginário social, assim como Wembley, Centenário e outros estádios que transcendem o simples aspecto futebolístico”, diz um trecho da decisão.
Além disso, Nagib também assume ser torcedor e sócio do Vasco, mas disse que sua decisão se resume a um debate futebolístico e, por isso, não se considera suspeito para julgar a causa. “Sou declaradamente torcedor do futebol, como a imensa maioria da população, especialmente do Vasco da Gama, desde a minha distante infância, e sou associado do clube, pagando contribuição mensal, desde quando o Roberto Dinamite assumiu a Presidência do clube. Nunca fui diretor ou membro de órgão do clube, sequer integrei ações decorrentes das diversas correntes políticas. A minha humilde participação resume-se em discussões futebolísticas, quase todas com os meus companheiros de tribunal e da área jurídica. Assim, na esteira de reiterados julgamentos, não estou suspeito para julgar esta causa”, afirmou o relator.
Diretorias do Flamengo e do Fluminense alegam que o jogo será prejudicial para o gramado do estádio, uma vez que sua realização não estava planejada. Os clubes conseguiram derrubar a liminar da 43ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que autorizou que o Vasco atuasse no Maracanã. Porém, o Cruzmaltino recorreu e conseguiu novamente a permissão.
