No dia 14 de março deste ano,
Gabigol ganhou as páginas dos jornais não por ter ganho algum título com o
Flamengo ou algum prêmio individual, mas sim
por ter sido flagrado em um cassino clandestino em São Paulo no meio da explosão da segunda onda de coronavírus no país.
Nesta segunda-feira, 26, o jogador
aceitou o acordo com a Justiça de São Paulo para pagar 100 salários mínimos, o equivalente a cerca de R$ 110 mil reais, por ter descumprido o protocolo de distanciamento social durante a quarentena.
O acordo, que foi proposto pelo próprio Ministério Público, determina que Gabigol pague esse valor ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente em troca da extinção do processo de crime contra a saúde pública.
Pela lei, o crime de infração à medida sanitária preventiva tem pena prevista de um mês a um ano de detenção, além de multa, no caso de condenação.
Justamente por conta da pandemia de coronavírus, a audiência foi feita por videoconferência às 16h30 (horário de Brasília) desta segunda. Durante a reunião virtual, que durou menos de 10 minutos, Gabigol não comentou o processo e se limitou a aceitar os termos do acordo proposto.
A audiência de Gabigol estava marcada inicialmente para acontecer virtualmente no dia 20 de abril, mas a Justiça adiou para esta segunda a pedido da defesa, já que o jogador tinha uma partida contra o Vélez Sarsfield no mesmo dia em que ocorreria seu depoimento.
"Acho que faltou um pouquinho de sensibilidade, mas sempre usando máscara, sempre com álcool em gel. Realmente, quando eu percebi que tinha um pouquinho mais de gente, eu estava indo embora", falou Gabigol.
O caso
Além de Gabigol, o funkeiro MC Gui e o diretor artístico Rafael Vanucci, filho da cantora Vanusa, também foram detidos no mês passado pela Polícia Civil dentro da casa de jogos ilegais que funcionava em um prédio da Rua Alvorada, no Itaim Bibi.
Todos os envolvidos foram levados para uma delegacia e liberados depois de assinarem um Termo Circunstanciado (TC), registro policial de menor potencial ofensivo, por terem cometido crime contra a saúde pública.
O decreto do governo estadual proíbe aglomerações, abertura de restaurantes à noite e eventos fechados durante a pandemia de Covid-19.