O Fluminense avançou na Libertadores, mas saiu vaiado, e Felipe Melo não gostou da atitude de parte da torcida; atleta chegou até a comparar rendimento com o Manchester City
Felipe Melo não gostou das vaias que o Fluminense recebeu durante a classificação da equipe para as oitavas de final da Libertadores. A equipe recebeu o Sporting Cristal na noite da última terça-feira, 27, no estádio do Maracanã, e ficou em um empate de 1 a 1. Apesar do resultado, o Tricolor fez o suficiente para avançar na competição, porém não agradou os torcedores que estiveram no estádio.
Em entrevista para a “ESPN”, na saída do gramado, Felipe Melo criticou as vaias e destacou os feitos que o Fluminense atingiu até este momento da temporada. Além disso, ele até fez comparação com o Manchester City na final da Champions League para destacar que nem sempre vai ser possível sair com a vitória e um bom futebol.
“Ganhamos um título histórico em cima do nosso maior rival (Flamengo). Não vamos ganhar em todas. O City ganhou tudo, mas na final não foi aquele futebol encantador. Lógico, eu tô dando exemplo do maior time do mundo, nós estamos muito longe disso”, afirmou. Felipe Melo seguiu com esse tema na zona mista e mandou um forte recado para os torcedores do Fluminense.
A gente se classificou em primeiro, não sei o que querem. Não sei por que reclamam, pegamos o grupo da morte”, começou o desabafo.
“Nós passamos em primeiro no grupo que tem quiçá o melhor time do continente, que tem um time que não é fácil jogar, tem esse time que é bem treinado pelo Tiago Nunes. Não tem mais bobo no futebol não, gente. Existem jogos que não vamos dar o nosso melhor tecnicamente porque pode ser que não seja o dia. Mas não pode faltar garra, gana, vontade, ajuda, companheirismo”, seguiu;
O zagueiro do Fluminense relembrou outros momentos delicados que o Fluminense atravessou nesta temporada de 2023 e aproveitou para ressaltar a força que o torcedor conseguiu trazer para o elenco tricolor. Ele agradeceu pela força que sempre deram e ainda deixou claro que o time não terá mais brecha de erro no mata-mata da Libertadores da América.
“Somos muito gratos ao torcedor pelo o que tivemos até aqui. Lembro do segundo jogo da semifinal do Carioca (contra o Volta Redonda), que o torcedor confiou no elenco, que encheu e nós conseguimos uma virada histórica. O torcedor do Fluminense veio e fez a festa até o final, nos apoiou até o final, sofreu com a gente. Acho que, quem vaiou, foi mais no sentido de "ah, conseguimos passar", e, de fato, sofremos”, explicou antes de completar que:
“Não vejo um clube que pode jogar os 70 jogos na temporada bem. Fomos uma equipe coesa, que se entendeu dentro de campo e conseguiu se classificar. Há de ressaltar isso, foi o fator campo que nos ajudou, justamente porque a torcida tem feito toda a diferença. Agora são sete jogos, quatro dentro de casa, e vamos continuar sonhando, lutando e treinando muito, para não cometermos os erros que cometemos, agora não podemos mais errar”, finalizou.
