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Futebol / COMPLICOU!

Fifa confirma punição e Cruzeiro começará Série B com seis pontos negativos; clube rebate

A decisão foi tomada após a Raposa não quitar um valor em aberto com o Al Wahda, dos Emirados Árabes

Pedro Ungheria Publicado em 20/05/2020, às 06h50

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Cruzeiro recebeu uma punição nem um pouco agradável - GettyImages
Cruzeiro recebeu uma punição nem um pouco agradável - GettyImages

Durante a noite da última terça-feira, 19, a Rádio Itatiaia divulgou uma informação um tanto quanto surpreendente. Após algumas tentativas de renegociação, o Cruzeiro foi punido pela Fifa. O motivo principal da decisão da Federação foi pelo fato de que o clube mineiro não quitou uma dívida que estava em aberto, com o Al Wahda,dos Emirados Árabes.

Com isso, a crise na Raposa passou a se agravar ainda mais, afinal, a consequência da punição já fez com que a participação do time começasse prejudicada da Série B, com seis pontos negativos.

Tudo está relacionado ao descumprimento de uma medida que foi colocada pela Fifa referente ao pagamento de uma transação por empréstimo do volante Denilson, que aconteceu em 2016. O valor que estava em aberto era de aproximadamente R$5,3 milhões, tendo em vista a cotação atual.

Tentando adotar algumas saídas, a diretoria do Cruzeiro propôs diferentes soluções para o caso, tendo em vista que o brasileiro só jogou com a camisa da Raposa cinco vezes e teria vindo ao Brasil para o tratamento de uma lesão, o que lhe trouxe em um esquema de empréstimo.

Em um pronunciamento oficial, divulgado em seu site, o Cruzeiro deu detalhes sobre a situação. Na nota, ficou claro que o descaso da antiga diretoria com o que estava acontecendo fez com que os árabes não fossem tão abertos para chegarem em um acordo.

CONFIRA:

O Cruzeiro Esporte Clube segue trabalhando firmemente para evitar as consequências do não pagamento ao Al-Whada de mais de 5 milhões da dívida pelo empréstimo do volante Denilson, contratado em 2016. O prazo venceu nesta segunda-feira, 18. E por causa deste processo, que não cabe mais recursos na Fifa, o clube celeste pode sofrer a punição de seis pontos na Série B do Campeonato Brasileiro. No entanto, a direção do Clube ainda não recebeu nenhuma comunicação oficial, e o Cruzeiro está finalizando a negociação com o clube dos Emirados Árabes.

As tratativas com o Al-Whada vinham se desenvolvendo positivamente nas últimas semanas, embora a troca iminente na direção do clube, com as eleições para presidente na próxima quinta-feira, 21, também tenham colaborado para dificultar as negociações. Outra dificuldade, além da falta de receitas da Raposa, que teve seus recursos ‘varridos’ na antiga administração, é o atual momento, com a pandemia da Covid-19, o coronavírus.

“Estamos negociando com o Al-Whada e vamos seguir até o último minuto, aguardando um desfecho positivo, para que o Cruzeiro não seja penalizado com a perda de pontos. Estamos vivendo um momento de exceção, em que o mundo está sofrendo com as consequências desta crise com o Coronavírus. Todos sabem da falta de recursos do Cruzeiro e o Clube teve suas receitas ainda mais comprometidas pela situação de pandemia”, explicou Sandro Gonzalez, CEO do Conselho Gestor, falando sobre as negociações com o clube árabe.

“Vínhamos tentando um adiamento para o segundo semestre, mas os dirigentes do Al-Whada foram taxativos. Eles disseram que o processo corre há mais de quatro anos na Fifa e ninguém do Cruzeiro, nenhum dirigente neste período todo, procurou o Al-Whada para buscar um acordo. Eles disseram que se sentiram frustrados e descrentes, e que por isso não poderiam facilitar nada para o Cruzeiro neste momento. Nós explicamos a eles que o clube também foi uma vítima de tudo o que aconteceu nos últimos anos, que agora são outras pessoas que estão à frente da instituição, e que temos a total intenção de resolver. Já tínhamos tratativas avançadas desde a semana passada, e vamos fazer de tudo para evitar qualquer tipo de punição ao Cruzeiro”, ressaltou Sandro.

Os dois pré-candidatos à presidência do Cruzeiro foram comunicados sobre a situação deste processo na Fifa.