O Cruzeiro não está satisfeito com a maneira como as negociações estão sendo feitas no mercado da bola brasileiro, e Pedro Martins desabafou sobre o tema
Redação Publicado em 01/02/2023, às 08h41
O Cruzeiro não parece satisfeito com as negociações nos bastidores do mercado da bola. O clube acumulou uma série de insucessos durante as suas principais negociações nesta janela de transferências e perdeu jogadores importantes para rivais diretos. Muito disso se dá pela falta de dinheiro para realizar grandes operações, mas também pelo "doping financeiro" dos seus rivais no momento de negociar.
Pelo menos foi essa expressão utilizada por Pedro Martins durante a última terça-feira, 31, quando concedeu entrevista coletiva. O diretor executivo da Raposa reprovou as atuações dos rivais nos bastidores do mercado da bola. Ele criticou os times que oferecem o que não podem pagar aos atletas e vê uma competição "injusta". Mesmo assim, ele quer bater de frente contra esse tipo de negociação.
"Muitas vezes encontramos grandes nomes, nomes muito interessantes, mas sabemos que a competição é injusta. Trabalhamos hoje em uma liga que não tem regulação, nós lutamos hoje contra o doping financeiro, contra clubes que prometem e não pagam. Mesmo perante esse contexto nós estamos aqui, dispostos a brigar, e além das brigas que estamos comprando fora de campo, que são brigas necessárias, também vamos brigar dentro de campo", afirmou.
Segundo o dirigente do Cruzeiro, o clube vai apostar numa lógica contrária ao que a "indústria do futebol" promove. A Raposa quer convencer os seus alvos no mercado da bola com grande projetos e também de maneira competitiva dentro das quatro linhas. Além disso, Pedro Martins admitiu que o time mineiro não está na primeira prateleira dentro da janela de transferências.
"Precisamos manter a nossa forma de jogar, a nossa ambição e precisamos buscar a vitória a todo momento, mesmo que na tabela financeira a competição nos diga o contrário. Hoje estamos na segunda parte dessa tabela, o nosso diálogo com todos que fazem parte do nosso dia a dia, é buscar um diferencial competitivo, uma forma diferente de fazer, para superar a lógica imposta pela indústria do futebol", finalizou.
Essa dificuldade para concretizar negociações gerou uma série de críticas dos torcedores. O Cruzeiro perdeu nomes importantes no mercado da bola, como Raul Gustavo, Lucas Romero, Bruno Váldez, Wellington Rato e até mesmo Almendra devido ao poderio financeiro dos rivais.
