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Futebol / REVELAÇÕES!

Corinthians: 'caso Cuca' ganha revelação chocante de jornalista

Juca Kfouri publicou em seu blog uma matéria polêmica da época em que o 'caso Cuca' se originou e com revelações do relatório médico

Redação Publicado em 22/04/2023, às 13h38

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Cuca viu o seu caso de violência sexual ganhar uma revelação antes de estreia pelo Corinthians - Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Cuca viu o seu caso de violência sexual ganhar uma revelação antes de estreia pelo Corinthians - Rodrigo Coca/Agência Corinthians

O 'caso Cuca' segue em pauta no Corinthians. O treinador, que foi contratado pelo clube na última quinta-feira, 20, recebeu um alto índice de rejeição da torcida pela sua condenação por "atentado ao pudor com uso de violência", em decisão que foi estabelecida no ano de 1989. De acordo com informações do jornalista Juca Kfouri, que publicou em seu blog um trecho de um dos principais jornais da época, o esperma de Alex Stival foi identificado no corpo da vítima. 

A parte da publicação retirada pelo jornalista foi do jornal 'De Bund', um dos principais de Berna, da Suíça. No trecho exposto por Juca Kfouri, o nome de Cuca aparece entre os quatro jogadores que foram condenados por violência sexual contra uma garota de 13 anos. O veículo teve acesso ao relatório médico do caso na época e indica que houve a participação do agora treinador do Corinthians. 

O relatório médico forense mais tarde encontrou vestígios de sêmen dos dois jogadores Alexi e Eduardo no corpo da garota", escreveu o jornal da época. 

Enquanto Juca Kfouri publicou essa matéria com o trecho que indica a participação de Cuca no caso, o treinador se defendeu das acusações durante a última sexta-feira, 21. Em entrevista coletiva, o novo técnico do Corinthians não se escondeu do tema e tentou esclarecer o que ocorreu em um dos quartos do Hotel Métropoles, em 1989. O profissional negou o envolvimento em relação ao estupro. 

Cuca é apresentado no Corinthians
Cuca é apresentado no Corinthians (Crédito: Rodrigo Coca/ Agência Corinthians) 

“Esse é um tema delicado, um tema pessoal meu. Eu faço questão de falar sobre ele, e vou tentar ser o mais aberto possível quanto a isso, quanto ao que me cabe. É um tema que aconteceu há 30 anos, em 1987, eu fazia, não sei ao certo, estava emprestado do Juventude ao Grêmio, fiquei uns 20 dias para tirar o passaporte. Tenho vaga lembrança de tudo o que aconteceu porque foi há muito tempo. Nessa vaga lembrança que tenho, eu tinha 20 e poucos anos na época. Nós iríamos jogar uma partida, subiu uma menina ao quarto, o quarto era o que eu estava junto com outros jogadores. Era um quarto duplo. Essa foi a minha participação nesse caso. Eu sou totalmente inocente, eu não fiz nada”, disse o técnico.

“As pessoas falam que houve um estupro, houve acho que um ato sexual a vulnerável. Essa foi a pena que foi dada. A gente vê e ouve um monte de coisas que são inverdades, chegam a ofender. Eu vou fazer 60 anos daqui um mês, tenho duas filhas, uma de 32 e outra de 34. É um tema que elas nem existiam, já era casado com a Regiane e sou casado até hoje. Venho de uma casa onde sou o único homem da casa. Respeitei e respeito todas as mulheres. Nunca encostei o dedo indevidamente em uma mulher, nunca, ao longo de todos esses anos que vivo na bola, já trabalhei com vocês da imprensa, já estive em diversos clubes, já estive duas vezes no São Paulo, no Santos e no Palmeiras. Nunca me foi perguntado isso numa coletiva, não é só o Cuca que não falou do tema. Por quê? Porque naquele tempo as leis eram as mesmas”, completou.

O que aconteceu no 'Caso Cuca'? 

A contratação de Cuca como novo técnico do Corinthians tem dado o que falar nas redes sociais dos torcedores do clube. Isso porque o treinador foi condenado por "atentado ao pudor com uso de violência" em 1989, em caso que ocorreu dois anos antes excursão do Grêmio na Suíça, com uma garota de 13 anos.

Jogando pelo Grêmio, o novo comandante do Corinthians e mais três atletas do clube gaúcho estavam em seu quarto de hotel quando a menina chegou junto a seus amigos pedindo uma camisa. Depois de os amigos irem embora, os jogadores ficaram com ela no quarto e uma denúncia de estupro acabou ocorrendo pouco depois.

Todos os quatro ficaram presos por um mês no país europeu, e acabaram sendo liberados para voltar ao Brasil posteriormente. Como se nada tivesse acontecido, diversos apoiadores dos jogadores foram ao aeroporto recepcioná-los e gritavam seus nomes enquanto passavam em direção à saída do local.

Em entrevista ao "Esporte Espetacular" em 2021, o diretor do clube na época, Luiz Carlos Martins, o Cacalo, que foi até o país prestar suporte a eles, afirmou que admitiram que apenas um teria tido relações sexuais com a menina, de forma consentida. Ainda nesta versão, o estupro seria caracterizado pela idade dela no momento.

Com a pena de 15 meses imposta dois anos depois, os jogadores que já estavam no Brasil, acabaram nunca cumprindo, já que o país não exporta seus cidadãos. Vale ressaltar, que um deles, Fernando, foi inocentado do "atentado ao pudor", mas condenado pelo envolvimento no ato de violência, o que diminuiu sua pena em relação aos colegas.