Confusão aconteceu nos arredores do Estádio Lusail, antes da partida entre Argentina e Arábia Saudita, e gerou revolta dos brasileiros que portavam a bandeira do estado nordestino
Redação Publicado em 22/11/2022, às 14h27
A Copa do Mundo do Catar já teve diversas polêmicas envolvendo a proibição da homossexulidade no país do Oriente Médio. A mais recente aconteceu com o jornalista brasileiro, Victor Pereira, que estava com uma bandeira do estado de Pernambuco e foi abordado por cataris por pensarem que se tratava de uma bandeira LGBT.
A confusão ocorreu por conta do arco-íris presente na bandeira do estado nordestino, fazendo com que os moradores locais pensassem que fosse uma bandeira com as cores da causa LGBT, entretanto, mesmo com as explicações dos brasileiros, os sheiks não quiseram permitir que a o item circulasse pelo estádio.
Fomos abordados por conta da bandeira de Pernambuco, que tem um arco-íris e acharam que era a bandeira LGBT. Tomaram o meu celular e só me devolveram quando deletei o vídeo que tinha. pic.twitter.com/7X2oal8bq1
— Victor Pereira (@ovictorpereira) November 22, 2022
Os cataris que causaram a confusão ainda obrigaram que Victor deletasse o vídeo que ele havia gravado e só liberaram o jornalista quando as provas estavam totalmente apagadas. Porém outros torcedores que circulavam no local filmaram o ocorrido e registraram mais uma atitude que impede a demonstração da homessexualidade no país, mesmo que a intenção do brasileiro com a bandeira não fosse essa.
Marcada por diversos episódios polêmicos, a Copa do Mundo de 2022 já teve outros episódios de proibição em relação à causa LGBT. Os capitães das seleções europeias usariam abraçadeiras com a bandeira do arco-íris, mas a FIFA avisou que caso entrassem em campo usando o adereço, receberiam um cartão amarelo automático.
A entidade máxima do futebol flexibilizou diversas regras que costumam ser seguidas em Copas para agradar o governo do Catar, como a proibição das faixas de capitão com referências à bandeira LGBT e a não comercialização de cerveja nos arredores dos estádios, como havia sido combinado entre a FIFA e o governo local.
