Valencia x Real Madrid protagonizou cenas lamentáveis contra Vini Jr, que ainda viu o presidente da La Liga negar que a competição seja intitulada de racista
Lucas Miluzzi Publicado em 22/05/2023, às 08h44
Javier Tebas, presidente da La Liga, respondeu Vini Jr após os atos racistas em Valencia x Real Madrid. O comandante de uma das principais competições da Europa fez questão de dizer que o racismo é combatido pelo órgão e tratado com seriedade. Na visão do dirigente, o título de "racista" para a Espanha e o Campeonato Espanhol é "muito injusto". Isso porque, atitudes são tomadas para que isso se encerre.
De acordo com Javier Tebas, em todas as oportunidades que Vini Jr foi alvo de racismo na temporada de 2022/23, a La Liga tomou uma posição e fez o que podia para tentar combater esse tipo de crime. De acordo com o presidente da instituição, o ato racista na partida entre Valencia x Real Madrid será tratado da melhor forma possível. Ainda segundo ele, em resposta ao atacante brasileiro, esse crime de ódio sempre foi combatido de maneira "implacável".
"1. Nem a Espanha nem a LaLiga são racistas, é muito injusto dizer isso
2. Desde a LaLiga denunciamos e perseguimos o racismo com toda a dureza ao nosso alcance
3. Nesta temporada, insultos racistas foram relatados 9 vezes (8 deles foram por insultos contra Vinicius). Sempre identificamos os loucos e denunciamos aos órgãos sancionadores. Não importa o quão poucos sejam, nós somos sempre implacáveis
4. Não podemos permitir que seja manchada a imagem de uma competição que é acima de tudo um símbolo de união entre os povos, onde mais de 200 jogadores negros em 42 clubes recebem diariamente o respeito e o carinho de todos os torcedores, sendo o racismo uma caso extremamente específico (9 denúncias) que vamos erradicar", escreveu em sua rede social!
"O Real Madrid CF manifesta a sua mais forte repulsa e condena os acontecimentos ocorridos ontem contra o nosso jogador Vinícius Junior. Esses fatos constituem um ataque direto ao modelo de convivência de nosso Estado social e democrático de direito.
O Real Madrid considera que tais ataques também constituem um crime de ódio, razão pela qual apresentou a denúncia correspondente à Procuradoria-Geral do Estado, especificamente à Procuradoria contra crimes de ódio e discriminação, para que os fatos sejam investigados e apuradas as responsabilidades.
O artigo 124 da Constituição espanhola estabelece as funções do Ministério Público para promover a ação da justiça em defesa da legalidade e dos direitos dos cidadãos e do interesse público. Por este motivo, e dada a gravidade dos factos ocorridos, o Real Madrid recorreu à Procuradoria Geral do Estado, sem prejuízo do seu carácter privado no processo que está a ser instaurado", escreveu em nota oficial nesta segunda-feira, 22.
