O MP-DTF apresentou parecer de condenação a Nelson Piquet por racismo contra Lewis Hamilton; brasileiro pode pagar R$ 10 milhões em indenização
O caso de racismo de Nelson Piquet contra Lewis Hamilton ganhou novos desdobramentos: o Ministério Público do Distrito Federal pediu a condenação do brasileiro na última quarta-feira, 8. Em 2022, um processo foi movido por entidades sociais em razão de falas racistas e homofóbicas que foram ditas pelo ex-piloto de F1.
De acordo com o órgão, no parecer publicado, houve “violações aos direitos da vítima e da população negra e LGBTQIA+” no caso. “Traduz claramente a sua concepção do profissional de cor negra, incapaz de ser bem-sucedido em razão de sua competência, fazendo-se necessária a utilização de outros meios, tais como a subjugação, a humilhação e a inferiorização diante de pessoas brancas que seguem os padrões heteronormativos”.
Agora, o documento corre na Terceira Vigésima Vara Cível de Brasília. A defesa de Piquet havia tentado justificar que as falas não se configuraram como racismo a Hamilton, principalmente pelo pedido de desculpas feio em público pelo ex-piloto. No entanto, o brasileiro voltou atrás em seu posicionamento, dizendo que não havia “nada de errado”.
Nelson Piquet se envolveu em uma polêmica bastante complicada. Acontece que o "Canal Enerto", que é especializado nos assuntos da Fórmula 1, publicou um corte no "YouTube" de uma entrevista concedida pelo ex-piloto em novembro de 2021, onde ele se refere ao britânico Lewis Hamilton, da Mercedes, com um termo racista.
Utilizando da palavra "neguinho", Nelson Piquet estava comentando o acidente entre Lewis Hamilton e Max Verstappen na corrida da Fórmula 1 em Silverstone. No trecho do vídeo divulgado pelo canal, quando ele vai falar sobre o heptacampeão, utiliza uma palavra de conotação racista, que ganhou grandes proporções nas redes sociais. Saiba mais sobre o caso.