Árbitro inglês aponta diferenças em apitar jogos de Cristiano Ronaldo, Messi e Suárez; confira!

Você sabia que além de se prepararem fisicamente e estarem afiados nas regras do futebol, os árbitros também precisam estudar o estilo de jogo dos atletas?

O objetivo é entender melhor a movimentação e também como lidar com alguns que tenham o emocional um tanto quanto instável.

Em entrevista ao Sportsmail, o árbitro inglês Mark Clattenburg contou, de forma detalhada, quais foram suas primeiras impressões quando teve a oportunidade de trabalhar em partidas junto com grandes nomes do futebol mundial.

O árbitro revelou curiosidades do estilo de jogo do português Cristiano Ronaldo, da Juventus, e da dupla de atacantes do Barcelona: Lionel Messi e Luis Suárez.

Sobre o CR7, Clattenburg ressaltou a capacidade do jogador em melhorar seu próprio jogo quando percebia que a equipe estava desmotivada.

"Admirei, acima de tudo, a sua capacidade de melhorar o seu jogo quando a equipe estava abaixo. Eu apitei jogos seus quando era um jogador jovem na Inglaterra, logo no Real Madrid e sempre entregou. Você sabia que estava compartilhando o campo com um jogador verdadeiramente único que poderia mudar o jogo em um instante", contou.

Para o árbitro, apitar um jogo estando tão perto de Lionel Messi era inacreditável, ainda mais porque facilmente perdia a bola de vista quando ela estava nos pés do argentino.

"Quando apitei pela primeira vez um jogo com Messi, realmente me comoveu. Estando tão perto, me lembro de ter pensado: 'Oh, meu Deus, isso é incrível'. Quando você apita, tem de normalmente olhar para a bola. Com ele, você podia, inclusive, perder a bola de vista, imagina como era para os defensores. Nunca se queixou, nunca disse nada. Tive que mudar a forma como analisava o jogo quando ele estava. Era tão hábil que os oponentes tratariam de detê-lo de diferentes maneiras, às vezes derrubando com o pé, às vezes com a parte superior do corpo", disse.

A primeira partida de Clattenburg com Luis Suárez já foi de se tirar o fôlego. O árbitro contou que em sua estreia ao lado do uruguaio, ele marcou nada mais, nada menos que quatro gols, o que o deixou muito impressionado.

"Minha primeira partida com ele foi pelo Ajax e ele marcou quatro gols. Quando cheguei em casa disse para os meus amigos: 'Que jogador, é incrível'. Tinha um lado sujo, como Diego Costa, mas com muito talento. Fiquei emocionado quando o Liverpool o contratou porque sabia que jogador incrível ele era. Ele sempre jogava no limite e você tinha que administrá-lo. Sempre falava em espanhol, mas, como já havia apitado em toda parte do mundo e sabia as palavras feias, sempre devolvia uma ou duas. Isso o surpreendia!", revelou.

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