Adilson segue sem clube - Vinicius Silva / Cruzeiro / Fotos Públicas
OPINIÃO

Adilson Batista surpreende ao falar sobre retorno do Cruzeiro à Série A

Treinador ainda relembrou sua saída e lamentou os diversos problemas da gestão anterior

Guilherme Assumpção Publicado em 29/06/2020, às 17h19

A passagem de Adilson Batista pelo Cruzeiro foi extremamente conturbada por conta dos problemas extracampo enfrentados pela equipe mineira. Desde o ano passado, o time mineiro tem encarado muitas cobranças das dívidas feitas pela gestão anterior.

Agora, a Raposa tenta se recolocar no caminho correto sob o comando de Sérgio Santos Rodrigues, presidente eleito no início do mês de junho. Com toda a expectativa em torno do futuro do clube, Adilson Batista concedeu entrevista à ESPN e analisou o futuro.

Segundo ele, o Cruzeiro não terá dificuldades para retornar à primeira divisão mesmo com os três pontos perdidos na punição imposta pela Fifa. O treinador ainda afirmou que as equipes menores devem “quebrar mais rápido” que a Raposa.

“O Enderson [Moreira, técnico atual] vai ficar bravo comigo, vai me ligar depois, mas sobe com um pé nas costas. Pode tirar mais três que sobe. Quem que você acha que tem mais dificuldade, o Cruzeiro ou os demais com a pandemia? Quem vai quebrar, as maiores ou menores? As menores estão quebrando”, garantiu Adilson.

“Cruzeiro vai fechar nunca. Isso aí não vai, tem mais gente para ajudar o clube. Vai angariar sócio-torcedor, achar mais patrocínio, o doutor Sergio [Santos Rodrigues, atual presidente] é bem articulado, vai arrumar parceiros. Vai demorar um pouquinho, essas coisas não são da noite para o dia. Vai subir, ano que vem tem uma receita. Essas coisas vão se encaixar. Torcedor precisa entender e ajudar”, completou.

Ainda na conversa, Adilson surpreendeu ao analisar o poder que o Cruzeiro tem no futebol brasileiro. Para isso, o treinador utilizou uma possível ajuda dos torcedores para afirmar que o time poderia brigar com o Flamengo. Entenda!

O que falei para o Nicola é que o Cruzeiro tem 9 milhões de torcedores. Se cada um der 1 real, é uma folha de R$ 9 milhões. Dá para fazer um time muito bom, competitivo, para enfrentar o Flamengo, que é o melhor time do Brasil. É só colocar dirigente sério, como tem hoje, o doutor Sergio”, sugeriu.

“Hoje tem um dirigente sério. Cruzeiro deixou de pagar porque tinha um grupo gestor que não colocava dinheiro nenhum. Eu não tive nenhuma reunião e fui mandado embora. Tinha que ter batido no peito, falar que era um projeto para subir. Eu joguei com juvenil, joguei com 8, 7, 6 meninos. Tive 13 meninos para começar o campeonato. Treinei com 14, com 15. É falta de respeito. Estavam tudo com medo no clássico, ainda fizemos um baita jogo. Eles fizeram o gol aos 45 minutos, parecia que era título do Campeonato Mineiro. Fizeram uma festa”, finalizou Adilson Batista.


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Adilson Batista Cruzeiro

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