GP do Azerbaijão ficou marcado pelo erro que custou a hegemonia da Mercedes na temporada
Uma coisa é certa: Ninguém pode reclamar de monotonia no campeonato de Fórmula 1 deste ano, e o GP do Azerbaijão, neste final de semana, é a prova viva disso.
Depois de 7 anos consecutivos de supremacia, parece que neste ano a Mercedes não terá vida fácil.
A Red Bull com seu motor HONDA vem evoluindo a cada corrida e já demonstrou que não está disposta a ser apenas coadjuvante.
O GP do Azerbaijão, circuito de BAKU, com seu traçado moderno que mescla curvas fechadas de rua e retas de alta velocidade foi espetacular. Certamente a prova mais emocionante e surpreendente dos últimos anos.
As surpresas já começaram no sábado, 5, com um número incrível de 5 carros batendo no muro (Tsunoda, Stroll, Sainz, Giovinazzi e Ricardo). Leclerc, da Ferrari, conseguiu a segunda pole consecutiva. Hamilton, depois de uma semana bem difícil, ficou em 2º, e o MaxVerstappen completou a segunda fila do grid.
Mas as maiores emoções estavam reservadas para a corrida.
Como era esperado, a Ferrari não conseguiria segurar a Mercedes e a Red Bull por muito tempo. Logo na segunda volta, Charles Leclerc foi ultrapassado por Hamilton e na sequência por Verstappen.
Foi assim, com Hamilton, Verstappen e Pérez até a 11ª volta, quando Hamilton foi para o box.
O que já não é surpresa na Mercedes, o tempo de 4,6 segundos para troca de pneus foi péssimo. Em compensação, o que também não é surpresa na Red Bull, o tempo para troca de pneus do Verstappen foi de incrível 1,9 segundo. Com isso, Hamilton caiu de 1º para 3º em função da parada.
Para completar o drama da Mercedes, enquanto a Red Bull fazia a dobradinha na ponta, o ValtteriBottas se segurava na 10ª posição.
Se o resultado até então era péssimo para a Mercedes no campeonato de pilotos e de construtores, para a Red Bull era só alegria.
Faltando 5 voltas para o final, com 4 segundo a frente do Pérez e a 5 do Hamilton, Verstappen só administrava as últimas voltas quando seu pneu traseiro esquerdo não suportou o desgaste e estourou. Verstappen fora da corrida.
A corrida foi interrompida com bandeira vermelha e a relargada seria do grid (carros parados).
Só alegria na Mercedes. Com Verstappen fora e Hamilton em segundo, a liderança do campeonato voltaria para Hamilton.
Já na Red Bull, só tristeza. Verstappen e equipe inconsoláveis.
Faltando 2 voltas para o final teve a relargada. Hamilton saiu determinado a reconquistar a primeira posição. Porém, por um erro, apertou um botão que prejudicou a eficiência dos freios e com isso passou direto na primeira curva e caiu para última posição...
Final, Pérez em 1º, Vettel em 2º e Gasly em 3º.
Na Mercedes só tristeza. Hamilton fora e Bottas terminando em 12º.
Só alegrias na Red Bull, com Sérgio Pérez vencedor do GP, com o principal rival fora da corrida e com a Mercedes não marcando nenhum ponto no campeonato de pilotos e de construtores.
A Red Bull, agora mais líder do que nunca no campeonato de construtores com 26 pontos a frente da Mercedes (174/148).
No campeonato de pilotos, mantém a diferença entre Verstappen e Hamilton (105/101) com Pérez em 3º (69), Norris em 4º(66), Leclerc em 5º(52) e o Bottas, cada vez mais distante da Mercedes, em 6º(47).
Destaque especial para o tetracampeão Sebastian Vettel que fez uma corrida impecável, saindo da 11ª posição no grid para a 2ª posição do pódio.
O outro destaque é para os motores HONDA. No pódio, Pérez e Gasly correram com os motores da fabricante.
Depois de ter sido cancelada no ano passado, a próxima corrida será o GP DA FRANÇA dia 20 de junho.
O celebre circuito de Paul Ricard será pequeno para Max Verstappen e Lewis Hamilton.