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Símbolo do strongman no Brasil transforma seu corpo para abraçar o bodybuilding

Para subir ao palco do Arnold South America, atleta entrou na dieta e mudou o treinamento

Redação Publicado em 03/04/2023, às 15h16

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Objetivo do atleta é figurar entre os primeiros colocados na categoria amadora - Divulgação
Objetivo do atleta é figurar entre os primeiros colocados na categoria amadora - Divulgação

Marcos Ferrari é sinônimo de strongman no Brasil. Desde 2005, ele construiu uma carreira sólida e permeada por conquistas entre os homens mais fortes do mundo. Para isso, chegou a pesar 125 quilos para conseguir levantar algumas toneladas em competições. Agora, em 2023, aos 45 anos de idade, ele consolida uma verdadeira transformação corporal. Com cerca de 25 quilos a menos e músculos definidos, ele se reinventou para acrescentar o Bodybuilding ao seu repertório esportivo. O maior teste para essa nova fase será no Arnold South America, entre 14 e 16 de abril, no Expo Center Norte, em São Paulo, onde está inscrito na categoria amadora.

Migrar do strongman para o bodybuilding encaixa bem no ditado da água para o vinho. Na verdade, é trocar a mesa farta, recheada de calorias, por uma alimentação controlada. Se para levantar o máximo de peso possível é preciso muita energia e massa corporal, exibir uma musculatura simétrica e equilibrada entre volume e definição, pede mais proteína e menos carboidrato.

Na prática, significa deixar de consumir 9.000 calorias diárias para 1.500 na fase final de preparação pra competir no Arnold South America. Nos anos anteriores, uma refeição típica de Ferrari trazia entre 1,1kg e 1,5kg de comida, com uma base composta por 600g de arroz, 300g de carne, 200g de feijão. Agora, são 100g de arroz e 200 g de frango, além de verduras e legumes à vontade.

“Meu café da manhã tinha 12 ovos, com bacon e três pães. Hoje, são 150 gramas de melão, quatro ovos e aveia”, conta Ferrari que é pentacampeão brasileiro e sul-americano de strongman, campeão do Arnold Amador, duas vezes top 20 do mundo e dono de três recordes sul-americanos: loglift (tronco), com 182,5kg; tire flip (pneu), com 1.053 kg; e deadlift, com 380 kg.

“O Bodybuilding está sendo um desafio muito interessante, desde a dieta ao treino. É também um desafio mental, que é o maior. No caso, controlar a fome, de estar o tempo todo cansado, com pouca energia em relação ao que estava habituado. Eu sempre tive uma demanda de energia muito alta para fazer tudo o que eu fazia e, hoje, tenho que fazer quase as mesmas coisas, não com as mesmas cargas, mas com praticamente 10% do que eu consumia. O empenho é muito grande, não só na musculação, mas também no cardio, que faço duas vezes ao dia”, conta Ferrari. “É uma mudança de mindset, de comportamento e estilo de vida. Aproveito cada nova e pequena mudança no meu corpo de forma muito prazerosa. O resultado, vou apresentar no sábado, dia 15 de abril, quando subirei no palco do Arnold”, completa.

O Arnold South America será o maior desafio na ainda breve carreira de bodybuilder amador de Marcos Ferrari, mas não o primeiro. Ele ingressou na nova modalidade no final de 2021, quando decidiu dar um tempo nas competições profissionais de strongman. E apesar de não ter se aposentado do esporte de força que o consagrou, decidiu aceitar o desafio proposto por seu patrocinador na época.

“O desafio era colocar um shape mais estético em oito semanas. A partir desse resultado, me apaixonei pelo bodybuilding e comecei a me dedicar buscando ser competitivo. Minha estreia veio em dezembro de 2022, com a terceira colocação no Mr. Santos. Desde então, estou me preparando para competir na categoria amadora do Arnold. E espero conseguir um resultado ainda melhor, pois estou em uma condição física ainda melhor”, explica.