Infectologista alerta sobre os perigos de contaminação para os lutadores e traz dicas de como se prevenir de contaminações no esporte
Beatriz Beyrute, sob supervisão de Gabriella Vivere Publicado em 01/12/2023, às 18h24
O médico infectologista e professor da Universidade Estadual Paulista (UNESP) Alexandre Naime Barbosa, em entrevista para o Combate, explicou que o contato com bactérias de outras pessoas, por exemplo, ao deitar no tatame ou chutar e socar equipamentos de treinamento, pode causar infecções, principalmente se já houver algum ferimento.
Juliana Velasquez ficou de fora do card do Bellator 301,após contrair uma infecção bacteriana no mês passado, fato comum no mundo da luta. Outros atletas como Paulo Borrachinha mais recentemente, Dustin Poirier, Alexander Volkanovski e Junior Cigano também sofreram esse tipo de problema de saúde, muito associado ao ambiente de treinamento dos lutadores.
Alexandre ainda afirmou: “A pele das pessoas contém bactérias que podem ser transmitidas. Eu tenho uma flora de bactérias minha, que não me causa mal, mas para outras pessoas podem fazer mal, por elas serem mais agressivas (patogênicas) ou por elas serem de um padrão de resistência e não responderem aos antibióticos mais comuns, principalmente se a outra pessoa tiver uma quebra de barreira”.
Como formas de prevenção,existem maneiras de reduzir a possibilidade de contágio durante os treinamentos. Para o tratamento das infecções de pele, é recomendado que a pessoa se afaste das atividades físicas para intensificar a recuperação e não correr risco de transmitir para outras pessoas. Além disso, o cuidado em não levar as mãos para a boca, nariz e olhos durante o período na academia é importante para evitar qualquer tipo de contaminação.
