Sob comando do empresário, clube italiano voltou aos tempos áureos e conquistou mais de 30 títulos
Silvio Berlusconi, que faleceu na manhã desta segunda-feira (12), na Itália, teve momentos de glória na presidência do Milan. Assumindo o clube italiano em fevereiro de 1986, o empresário tinha como objetivo resgatar o prestígio do Rossonero, que havia sido rebaixado em 1981.
Desde sua primeira ação, Berlusconi deixou um recado claro de que não pouparia esforços para levar o Milan à glória. Assim que chegou, contratou o treinador Arrigo Sacchi para comandar a equipe rubro-negra. Logo após, trouxe jogadores que se tornaram lenda do clube: Marco van Basten, Ruud Gullit, Frank Rijkaard e Paolo Maldini, além do veterano Carlo Ancelotti.
Em 1990, ao vencer a Liga dos Campeões com o treinador Fabio Campello, o braço-direito de Berlusconi e presidente do clube Rossonero, Adriano Galliani, começou a ter carinho pelo Brasil. Isso ficou explícito na contratação de quatro jogadores brasileiros: Leonardo, André Cruz, Dida e Serginho. A vinda desses atletas abriu precedentes para que outros rumassem à Itália, como foi o caso de Cafu, Kaká, Thiago Silva e Ronaldinho Gaúcho, que fizeram história no Milan.
Entre esses nomes, Kaká foi aquele que mais se destacou. O “bambino d'oro", como era conhecido, conquistou o Campeonato Italiano (2003/04), a Supercopa Italiana (2004), a Champions League (2006/07), o Mundial de Clubes (2007) e a Supercopa Uefa (2003 e 2007), além da Bola de Ouro de 2007.
A chamada “Era Berlusconi” teve fim em abril de 2017, quando o proprietário vendeu o Milan para um consórcio chinês por 740 milhões de euros (R$ 3,8 bilhões, na cotação atual). Durante os 31 anos à frente da equipe italiana, o proprietário conquistou mais de 30 títulos e resgatou o prestígio dos Rossoneros.