Histórico de Gabriel Medina em Teahupoo, no Taiti, onde serão realizada provas de surfe na Olimpíada de Paris 2024, mostra favoritismo do brasileiro
Redação Publicado em 04/03/2024, às 15h08
Por mais que a vaga de Gabriel Medina para as Olimpíadas de Paris 2024 tenha vindo no sufoco, nos últimos minutos da bateria final do ISA Games, último torneio classificatório para os jogos, o brasileiro carrega agora um favoritismo. O surfista, que havia ficado no quase no ano passado, quando ficou em sexto lugar no Circuito Mundial e perdeu sua vaga, se tornou o grande favorito ao pódio em Paris por conta de seu histórico de resultados nas etapas disputadas no local que receberá as provas da Olimpíada, Teahupoo, no Taiti, e o estilo de onda que se encontra por lá.
Desde 2014, quando foi campeão mundial pela primeira vez, Medina participou de sete etapas do Taiti. Venceu em 2014 e 2018, foi vice em 2015, 2017, 2019 e 2023. A única vez que não chegou à final foi em 2016, mas acabou na terceira colocação. Neste período, a competição acabou não sendo disputada em 2020 e 2021, por conta da pandemia, e em 2022 também esteve ausente.
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Os bons resultados do surfista no Taiti são da facilidade que o tricampeão mundial tem de surfar nas ondas locais, uma das praias mais tradicionais do surfe mundial, com ondas que possuem características perfeitas para Medina. A onda costuma ser tubular alta, cheia e para esquerda.
Tubular alta é aquela em que privilegia os tubos, mas com uma altura bem grande. Desta forma, quem é forte fisicamente e tem técnicas apuradas, consegue levar vantagem no Taiti, como é o caso de Gabriel. A quebra da onda para a esquerda significa que os surfistas Goofy, que surfam com o pé direito à frente, que é o caso de Medina, têm vantagem. Por fim, Teahupoo é perigoso, fazendo com que a decisão da escolha das ondas seja ainda mais importante. Medina sempre foi um mestre nesta estratégia de jogo.
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Mas, nada disso significa que Medina será efetivamente campeão olímpico, principalmente pois outros surfistas de alta qualidade estarão presentes na competição, incluindo dois brasileiros. João Chianca também tem facilidades com as ondas de lá. Já o bicampeão mundial Filipe Toledo não tem costume de ter bons resultados em Teahupoo, mas é complicado não colocá-lo como um candidato ao pódio. Além dos brasileiros, existem outros bons nomes. O australiano Jack Robinson, quinto colocado no ranking do ano passado, venceu a etapa do Taiti. Em 2022, Kauli Vaast, que surfa bem no local, foi vice-campeão. Além disso, os norte-americanos Griffin Colapinto e John John Florence também configuram a lista de candidatos ao ouro.
Por fim, vale ressaltar que as condições da natureza nem sempre estarão à favor dos surfistas. Então, é possível que o mar, na época das Olimpíadas, não tenha ondas tão perfeitas e fique mais calmo. Em uma projeção, Medina é o grande favorito ao ouro pelo Brasil, enquanto Chianca, se tiver 100% saudável, e Filipinho, 100% bem na saúde mental, são candidatos ao pódio.
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