José Luis Moreira falou que o atual cenário é o mais complexo em termos financeiros
Izabella Macedo Publicado em 13/05/2020, às 19h45
Em entrevista concedida à Rádio Globo, o vice de futebol do Vasco, José Luis Moreira, comentou sobre os efeitos causados pela paralisação provocada pela pandemia de coronavírus no clube carioca.
José Luis, que não teve a volta à vice-presidência de futebol do clube confirmada, não poupou palavras.
"Essa parada realmente foi um desastre total. Já não estava bom e, com a parada, foi pior ainda. A gente vai se virando da maneira que é possível. Tampa um buraco, arromba outro. É muito difícil. Foi um desastre total porque cheguei num momento muito, muito, muito difícil. Todo projeto que a gente analisava que poderia ser feito, complicou, mas não vamos desistir. O tempo vai ser a razão disso tudo", disse.
Um ponto negativo que veio junto com a pandemia de Covid-19 foi a crise financeira que está afetando muito os clubes pelo mundo. Como medida para que a situação não fuja do controle, os dirigentes estão optando pela redução salarial dos principais atletas.
Sobre o tema, o vice de futebol afirmou que ainda não conversou com os jogadores e que quando se tem problemas financeiros que são herdados, é complicado comentar sobre esse ponto.
"Uma vez que você tem determinados atrasos, não é legal. No meu entender, não vejo esse caminho como o correto. O presidente Alexandre Campello pode pensar diferente, mas não acho que seja esse o caminho. Temos alguns excessos, algumas outras coisas que podem ser cortadas, como já foram. Quanto aos salários atrasados, eles estão resolvendo aos pouquinhos. Estamos tentando saldar as dívidas com uns e outros", explicou.
José Luis Moreira ainda contou sobre os jogadores que estariam insatisfeitos com a decisão do pagamento priorizado para aqueles que ganham menos. De acordo com ele, essa informação é falsa.
"Alguém comentou que a gente estava pagando e que os mais velhos ficaram insatisfeitos. É mentira. Foram os mais velhos que nos pediram que a gente pagasse primeiro aos que ganham menos. A gente paga uma certa importância aos que ganham R$ 50 mil para baixo. Todo mundo tem que ganhar salário, tem que ser saldado. Meus funcionários na minha empresa ganham rigorosamente em dia. Eu levo essa ideia de que a gente consiga pagar o mais rapidamente esses atrasados", esclareceu.
"Mazzuco já renovou contrato, já está renovado o contrato. Ele teve um problema familiar de parentes, teve que retornar à terra dele, mas o Mazzuco já renovou. Antonio Lopes será o coordenador técnico, o Ramon é o treinador, e o auxiliar é o Júnior Lopes. Eu que contratei, não foi pedido do pai coisa nenhuma. Não tem desavença, não tem coisa nenhuma com ninguém. A posição de cada um é no seu pedaço e colaborando", contou.
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